Sharm El Sheikh – O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou nesta quinta-feira (17) durante reunião com a sociedade civil brasileira na COP27, no Egito, que a partir da próxima Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, o pavilhão do Brasil voltará a reunir todos os brasileiros, do setor público, privado e da sociedade civil. Nas últimas edições a sociedade civil teve um pavilhão separado do pavilhão do governo brasileiro, bem como o Consórcio Amazônia Legal, que também teve seu próprio estande.
“Este é o último ano que algum brasileiro vem separado do governo. Voltaremos a ser uma só delegação do nosso querido Brasil”, disse Lula. A próxima conferência, a COP28, será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em novembro do ano que vem.
No encontro, Lula disse que irá retomar as conferências nacionais para que o povo ajude no processo de decisão das políticas públicas mais apropriadas para a juventude, as pessoas com deficiência, o povo negro e as mulheres, entre outras minorias, e que irá retomar o Ministério da Cultura e “recriar comitês de cultura, para levar a cultura onde ela tem que estar, na periferia desse País”, declarou.
Ele disse ainda que quer ver países africanos no Conselho de Segurança da ONU e que quer realizar uma cúpula dos países americanos. “Nunca nos reunimos”, disse.
Povos Indígenas
À tarde, o presidente eleito se reuniu com lideranças indígenas de todos os continentes no Fórum Internacional dos Povos Indígenas, também chamado de Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
“Ao completar 77 anos faço uma das reuniões mais importantes da minha vida”, disse Lula. Ele afirmou que irá contribuir em solidariedade aos povos originários de todas as regiões do mundo no que puder, levando as pautas indígenas e climáticas para as reuniões mundiais. “Queremos com paz, amor e muita tolerância […] e fazer a política que precisa ser feita para o povo indígena viver com dignidade”, disse.
Lula informou ainda que quer realizar a Cúpula da Amazônia no ano que vem, um evento que reunirá todos os países da região amazônica. “Nunca nos reunimos para formular uma proposta conjunta ao mundo”, disse.