São Paulo – O Egito expandiu em 5,9% a sua capacidade de armazenamento de grãos em silos no ano passado, segundo notícia publicada no site do jornal local Al Ahram, com base em comunicado do governo. A capacidade passou de 3,4 milhões de toneladas no final de 2018 para 3,6 milhões de toneladas no final do ano passado.
Com a expansão, as possibilidades de armazenamento do país árabe aumentaram em 200 mil toneladas. O governo egípcio tem planos de continuar expandindo ainda mais a quantidade de silos disponíveis para estocagem de grãos. “O governo pretende colocar em operação mais cinco silos, que já estão prontos”, disse o comunicado.
No último ano, o governo fez uma série de movimentos para o aumento da capacidade na área. Em setembro foi assinado acordo com a Itália para empréstimo que possibilitava o estabelecimento de dez silos verticais. O acordo envolveu 360 milhões de libras egípcias, o equivalente a US$ 22,7 milhões pela conversão atual, valor que também contemplou implementação de sistema de tecnologia para manejo de trigo.
O governo egípcio também assinou acordo de US$ 14 milhões com o Fundo para o Desenvolvimento Internacional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabelecimento de dois silos de armazenagem de trigo no Porto Said. Na ocasião, o primeiro-ministro do Egito, Mostafa Madbouly, disse que o acordo era parte do plano do Egito de alcançar a segurança alimentar e garantir as necessidades básicas dos cidadãos.
O site do Al Ahram divulgou no domingo (26) que o Egito alocou 28,17 bilhões de libras egípcias (US$ 1,7 bilhão pela conversão atual) para suprir necessidades urgentes de mercadorias e serviços do país por seis meses. A maior parte do recurso foi destinado à Autoridade Geral de Suprimentos de Commodities (GASC), compradora estatal de grãos.
O Egito é um importante destino para os produtos agrícolas brasileiros, entre eles grãos como o milho. No ano passado, o país fez importações no valor de US$ 1,8 bilhão do Brasil e o principal produto comprado foi o milho, com US$ 552 milhões. Logo em seguida, figuraram na pauta carne bovina, minérios, açúcar e carne de frango.