São Paulo – A organização internacional AFS Intercultura Brasil está com vagas abertas para brasileiros estudarem no Egito por um mês. A oportunidade é para alunos que se destaquem nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem, da sigla em inglês), e tem patrocínio da BP, empresa de petróleo, gás natural e energias renováveis.
O projeto, batizado de BP Global Stem Academies, está em sua terceira edição e envolve estudantes de diversos países. As inscrições deste ano estão disponíveis até o dia 9 de março de 2020, através do site da AFS. Serão escolhidos 10 bolsistas brasileiros que poderão optar entre três destinos diferentes: Egito, Estados Unidos ou Índia, onde a BP tem atuação.
O intercâmbio ocorrerá ao longo do mês de julho e tem o objetivo de capacitar os jovens nas áreas do Stem. A seleção passa por uma etapa on-line e uma entrevista com a equipe do AFS. Durante o programa, os participantes irão interagir com profissionais das áreas relacionadas ao projeto, visitar refinarias de petróleo, gás e instalações de energia alternativa, assistir a aulas de geologia, robótica, arquitetura e mudanças climáticas.
Os estudantes também vão residir em casas de famílias locais. “Além de todo estudo do Stem, eles vão conhecer a cultura egípcia, fazer visitas e passeios. E melhorar as habilidades linguísticas, ter aula de árabe”, afirmou à ANBA a coordenadora de comunicação e marketing no Brasil, Andreia Laplana.
As vagas são distribuídas por regiões brasileiras onde a BP atua. São quatro bolsas para o estado do Amapá; duas de Ituiutaba (Ituiutaba e Gurinhatã), em Minas Gerais; duas para Itumbiara (Itumbiara e Cachoeira Dourada), em Goiás; e outras duas para região denominada de Tropical (Edeia, Porteirão, Acreúna, Indiara e Turvelândia, Castelândia e Santa Helena), também em Goiás. E há, ainda, vagas reservadas para filhos de funcionários da BP, que podem residir em qualquer localidade do Brasil.
No retorno, uma das contrapartidas dos intercambistas é produzir vídeo ou texto sobre sua experiência. “Aprendi sobre robótica, conceitos de programação e microbiologia. Trabalhamos com o desenvolvimento de projetos voltados aos Objetivos Sustentáveis da ONU. Aprendemos também um pouco da língua árabe. De volta ao Brasil, consigo agora perceber que minhas habilidades interculturais se desenvolveram muito”, relatou em seu depoimento a estudante Emanuelle Morais (foto acima), que fez intercâmbio no Cairo em 2019.
Egípcios no Brasil
Em âmbito global, a AFS também oferece vagas para estudantes estrangeiros virem ao Brasil. Em 2019, a instituição recebeu 37 bolsistas de mais de 20 nacionalidades, incluindo seis egípcios. “Os intercambistas ficam no Instituto Federal do Rio Grande do Norte. São quatro semanas com aulas, experimentos e palestras no instituto. Os estudantes também visitam usinas de energia eólica e solar, e áreas salinas no Rio Grande do Norte”, detalhou Laplana.
A seleção egípcia não tem restrição de município ou estado onde os estudantes precisem residir. Para se inscrever é preciso acessar o site da AFS no Egito.