São Paulo – O Banco Central do Egito pediu às instituições financeiras do país que criem medidas de apoio a empresas de turismo, em adição ao que já fez o próprio Banco Central, com a criação de linhas de crédito para que elas possam honrar compromissos financeiros durante a crise do coronavírus. Até a tarde desta terça-feira (24), o Egito tinha 366 casos da doença e 19 mortes.
Segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), 80% das reservas no setor de turismo do Egito foram canceladas nos últimos dias. As linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco Central têm período de até dois anos para pagamento e carência de seis meses. O presidente do banco, Tarek Amer, disse que servirão para pagar salário e despesas com fornecedores. O Egito tem boa parte da receita do país e da renda da população atrelada ao setor de turismo.
O país está trabalhando para amenizar os efeitos e para combater o avanço do Covid-19. O governo destinou 1 bilhão de libras egípcias (US$ 63,3 milhões pela conversão atual) para a compra de suprimentos preventivos ao vírus e adotou outras várias medidas. Entre elas, a imposição de toque de recolher noturno das 19h às 06h, suspensão de voos e fechamento de mesquitas, escolas e universidades, cafés, restaurantes e clubes.
A interrupção do tráfego aéreo, estipulada inicialmente para o período de 19 a 31 de de março, foi prorrogada por mais duas semanas, segundo informou o Ministério da Informação nesta terça-feira (24). Apenas voos trazendo e levando cidadãos de volta para casa estão sendo operados. O Parlamento adiou reunião plenária de 29 de março para 12 de abril.
Os bancos estatais egípcios Banco Nacional Egípcio e Banque Misr venderam no domingo (22) certificados de depósitos de alto retorno para a população, no valor de 4 bilhões de libras egípcias (US$ 253,5 milhões). “Os certificados de um ano foram projetados para ajudar as pessoas, particularmente a classe de renda média, a mitigar os efeitos financeiros negativos do coronavírus e atender às suas necessidades básicas”, disse o presidente do Misr, Mohamed El-Etribi.
As informações são do site do jornal Al Ahram.