São Paulo – O governo do Líbano vai subsidiar produtos importados ligados a uma cesta ampliada de consumo definida pelo país nesta semana. Segundo noticiou nesta terça-feira (07) a National News Agency (NNA), agência de notícias oficial do país, o primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, se reuniu nesta segunda-feira (06) com ministros e o presidente do Banco Central do país, Riad Salameh, para falar sobre a ação. O acordo será publicado no Diário Oficial do Líbano ainda nesta semana.
Segundo afirmou em nota oficial o ministro da Economia, Raoul Nehme, o objetivo é garantir a maioria dos bens essenciais para os cidadãos a um preço baixo, e, assim, aumentar seu poder de compra dos libaneses. O subsídio abrange 300 produtos básicos, incluindo carne e derivados, derivados de petróleo, vegetais, sementes, nozes, leite, chá, café e frango.
“Vamos monitorar os preços e cobrar comerciantes ou distribuidores em caso de adulteração”, declarou Nehme, segundo a NNA.
O presidente do Banco Central também afirmou, em nota, que o conselho do Banco Central decidiu injetar dólares através dos bancos. Em troca, o governo quer que comerciantes e industriais que lidam com materiais agrícolas possam fazer pagamento destes usando libras libanesas. O objetivo é tentar separar as flutuações da taxa de câmbio da inflação e preservar o poder de compra do libanês. Salameh espera que a medida estimule uma queda no valor do dólar em relação a libra libanesa.
Nehme afirmou, ainda, que o subsídio de commodities básicas tem objetivo de cobrir 80% das compras de cidadãos nas lojas, além de subsidiar bens importados. A ação abarcará também as commodities básicas fabricadas ou cultivadas no Líbano.
Esta é a segunda cesta de produtos que foi ampliada frente a uma primeira iniciativa do governo. “Os preços de alguns alimentos diminuíram na cesta primária, como o arroz egípcio; nesta nova cesta, esperamos que os preços diminuam ainda mais e vamos monitorá-los”, afirmou Nehmen, de acordo com o NNA.