São Paulo – A Mauritânia deve crescer 3% neste ano, segundo projeção divulgada na terça-feira (29) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O organismo fez elogios aos últimos avanços econômicos do país árabe e liberou US$ 23,5 milhões como parte de um acordo.
No final da semana passada, a diretoria executiva do FMI concluiu a revisão do tratado que tem com a Mauritânia, que prevê o desembolso de US$ 164,4 milhões, em três anos. Essa foi a primeira revisão concluída.
De acordo com o FMI, as condições macroeconômicas da Mauritânia estão melhorando, juntamente com a evolução do preço das commodities. O crescimento do PIB do ano passado, cujos números ainda não estão fechados, deve ficar em 3,5%. A leve desaceleração do crescimento é esperada em 2018 por causa do impacto tardio da seca de 2017.
“As perspectivas são positivas, embora permaneçam desafios consideráveis para alcançar um crescimento elevado e inclusivo”, afirma o FMI sobre a Mauritânia. A inflação deve permanecer moderada, em 2,7% em média neste ano, e as reservas internacionais estão subindo, o que deve seguir acontecendo. Elas representam um pouco mais de cinco meses das importações de setores não-extrativistas do país africano.
O fundo acredita que as metas econômicas para 2018 são alcançáveis e que as autoridades locais estão empenhadas neste sentido e avançarão com as reformas monetária, cambial e do setor financeiro. “Elas pretendem expandir gradualmente as redes de segurança social direcionadas em todo o país e intensificar esforços para melhorar o ambiente de negócios e combater a corrupção”, informou o FMI no relatório.
O organismo lembra, porém, que há desafios consideráveis para alcançar um crescimento elevado e inclusivo. A Mauritânia ainda tem vulnerabilidade elevada e precisa de reformas sustentadas para consolidar a estabilidade macroeconômica, alcançar um crescimento que crie empregos e reduza a pobreza, e melhorar o clima de negócios e governança.