São Paulo – O Brasil aumentou em 2% o volume exportado em produtos minerais no ano passado sobre 2019, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Os negócios do setor no mercado internacional geraram ao Brasil 11% a mais em divisas na comparação, alcançando US$ 37 bilhões. A China reforçou sua posição de principal destino do minério de ferro brasileiro. O país asiático respondeu em 2019 por 62% das exportações. Já em 2020, esse percentual subiu para 72%.
De acordo com o Ibram, embora a produção de 2020 não tenha sido muito superior a 2019, os resultados financeiros do ano passado foram beneficiados pela variação dos preços no mercado internacional e pela valorização do dólar. O Brasil é, depois da Austrália, o maior produtor mundial de minério de ferro, cuja valorização foi superior a 60% ao longo do ano passado. A tonelada terminou 2020 custando US$ 155,84.
O faturamento do setor registrou crescimento em meio à pandemia de covid-19. O resultado de 2020 foi 36% superior ao de 2019, alcançando a cifra de R$ 209 bilhões. O desempenho positivo foi alavancado pelo quarto trimestre do ano passado. Pará e Minas Gerais, estados com maior produção mineral, foram os principais responsáveis pelo incremento.
As maiores variações foram registradas com minério de ferro e ouro. A produção de minério de ferro gerou no ano passado faturamento de R$ 138,7 bilhões, 39% superior a 2019. Já a alta do ouro foi de 76%, com R$23,2 bilhões. Apesar do alto faturamento, a produção mineral comercializada ficou quase estável. Em 2019, foram negociados 985 milhões de toneladas e em 2020 foi 1,009 bilhão de toneladas.