Da redação
São Paulo – O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, ganhou ontem (02) uma nova espécie de dinossauro herbívoro, bípede encontrado entre os municípios de São Martinho da Serra e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1998. Pertencente ao grupo dos prossaurópodes, da espécie Unaysaurus tolentinoi, que teria vivido no final do Período Triássico, há cerca de 225 milhões de anos, o fóssil é um parente primitivo do grupo que originou os saurópodes (herbívoros pescoçudos), os maiores animais terrestres que já existiram na terra, segundo informou hoje o jornal Folha de São Paulo.
Em entrevista, o diretor do Museu Nacional, Sérgio Alex Azevedo afirmou que as descobertas de fósseis são diversas, mas poucas até hoje colocaram o Brasil no cenário da pesquisa paleontológica como esta. Segundo pesquisadores da Nova Zelândia, a área central do Rio Grande do Sul é reconhecida mundialmente por fósseis de dinossauros. Na região de Santa Maria já foram encontrados dois dos dinossauros mais antigos do mundo.
O exemplar descoberto no Brasil possui o crânio mais completo encontrado até hoje no país. Animais desse grupo já tinham sido encontrados em vários países, principalmente na Europa, Ásia e Argentina. O dinossauro foi batizado como Água Negra, porque "unai", de Unaysaurus tolentinoi, significa água negra, em tupi, língua indígena. Esse é o 11° dinossauro já encontrado no Brasil.