São Paulo – Não adianta procurar em outros idiomas a origem ou o significado de Lapima, nome escolhido pelos empreendedores Gisela e Gustavo Assis para batizar a marca de óculos de luxo que criaram em 2016. “Lapima” é uma corruptela de “lá em cima”, a forma com que o primogênito do casal, Guga, indicava um lugar alto. “A gente adorava a maneira como ele falava e o significado da palavra. Por isso, fez muito sentido dar o nome de Lapima ao nosso ‘quarto filho'”, conta Gisela, que também é mãe de Joaquim e de Carlota. Na foto acima, Gisela e Gustavo.
O casal descobriu há 14 anos que a parceria afetiva funcionaria também nos negócios, ao se tornarem sócios em um empreendimento de varejo ligado à moda: “Desde o início foi um sucesso!” Venderam a empresa quando decidiram começar outra, do zero, num projeto original que tivesse o DNA deles. A escolha sobre o que produzir não foi difícil: “Acreditamos que os óculos sejam uma forma de expressão de estilo e, como consumidores do produto, enxergamos nesse segmento uma boa possibilidade de mercado.” Em apenas oito anos, os produtos desenvolvidos no Brasil circulam em 30 países. “Temos uma loja em São Paulo e, no exterior, estamos em 330 pontos de venda, tanto óticas que ficam no mercado de independentes quanto lojas fashion de luxo.”
No mundo árabe, Dubai foi quem primeiro abriu as portas para a marca brasileira. “Entramos pela Galeria Lafayette e uma ótica chamada The Art of Optics.” Em fevereiro de 2024, a Lapima participou pela segunda vez da MIDO, feira óptica que acontece anualmente em Milão e que apresenta ao mercado os designs mais modernos e as soluções mais avançadas em optometria. “Recebemos alguns clientes de Abu Dhabi, Kuwait, Arabia Saudita e Egito!”, comemora Gisela, se dizendo empolgada por estar também nestes lugares.
A Lapima nasceu com a proposta de criar objetos que fossem percebidos como obras de arte, esculturas que podem ser deixadas de herança. “Queríamos um item que não fosse perecível, que as pessoas guardassem a vida inteira e fizessem parte da história delas, como era antigamente: uma peça duradoura em design e qualidade”, explica.
Ao criar os óculos, miraram no público que adora viajar, que aprecia arquitetura, dança e artes em geral. “Nossas criações são pensadas para quem gosta das coisas boas da vida, simples e bem feitas”, resume Gisela. Assim, ela conta que o mercado de luxo foi um caminho natural quando montaram o plano de negócios. “Como os shapes têm um design complexo para produção, sentimos que deveríamos buscar as melhores matérias-primas também. Nosso BP (Business Plan ou Plano de Negócios) foi todo focado no mercado de luxo internacional de óculos de marcas independentes. Ou seja, a Lapima nasceu para ser a primeira marca brasileira no mercado óptico de marcas independentes de luxo.”
Desde 2017, a empresa apresenta suas coleções duas vezes por ano, em Paris, e 70% do que é produzido é voltado para o mercado externo. Gisele confere o sucesso da marca ao fato de entregar um produto totalmente inovador e trendsetter, sempre com muita qualidade, pontualidade e uma comunicação única. “O mercado lá fora entendeu nossa seriedade e confia em nosso trabalho”, define.
Os modelos da marca são bem aceitos tanto no Brasil quanto no exterior. “Nossos designs são diferenciados, mas quem busca peças que reforcem sua autenticidade está no mundo inteiro.” Segundo Gisela, quem escolhe óculos Lapima tende a ter 35 anos ou mais, é autossuficiente, circula no meio das artes, da moda e é bastante confiante para sustentar a peça exclusiva no rosto.