São Paulo – O ramo de construção do Sultanato de Omã, na Península Arábica, tem 2,41 mil projetos lançados no valor de US$ 190 bilhões, segundo levantamento feito em abril e divulgado nesta terça-feira (08) pela BNC Network, empresa de pesquisa com sede em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que acompanha a atividade do setor na região do Oriente Médio e Norte da África.
Deste total, 1,84 mil empreendimentos, no valor de US$ 61 bilhões, são projetos de construção urbana; outros 70, orçados em US$ 39 bilhões, são da indústria de petróleo e gás; e mais 150, avaliados em US$ 32 bilhões, são na área de transportes.
Existem ainda 230 projetos na área de serviços públicos, como água, luz e saneamento, estimados em US$ 29 bilhões, e 110 empreendimentos industrias no valor de US$ 27 bilhões.
De acordo com a BNC, 1,73 mil projetos estão em fase de licitação ou estão em construção, 350 estão em planejamento e os demais estão em concepção ou em outras fases iniciais de desenvolvimento.
“Com um aumento significativo de contratos firmados no último trimestre de 2017, em comparação com o mesmo período do ano anterior, há uma quantidade considerável de obras em andamento e os projetos que estão previstos indicam um mercado de construção estável nos próximos dois anos”, disse Avin Gidwani, CEO da BNC Network, de acordo com nota da companhia. “Se os preços do petróleo se mantiverem, nós esperamos que diversos projetos que estão em compasso de espera sejam retomados, dando um ímpeto positivo à economia de Omã em geral”, acrescentou.
Nesta segunda-feira (07), barril de petróleo negociado em Nova York ultrapassou a marca de US$ 70 pela primeira vez desde 2014. A cotação começou a cair no início do dia, mas a queda foi interrompida à tarde quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída do país do acordo nuclear com o Irã. O valor chegou a recuar cerca de 4% no final da manhã, mas o recuo havia desacelerado para 1,5% por volta das 15h30 em Nova York (16h30 em Brasília).
“O aumento do preço do petróleo é um bom sinal para os países exportadores do GCC, pois ajuda a transformar seus déficits em conta corrente em superávits”, declarou Gidwani, segundo a nota da BNC. A expectativa da empresa é que parte destes recursos adicionais sejam investidos em grandes projetos de infraestrutura, principalmente na área de energia. O GCC é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.