Da redação
São Paulo – Nove organizações não-governamentais lançaram hoje (4), em Brasília, no Distrito Federal, um pacto pela valorização da floresta amazônica brasileira e o fim do seu desmatamento. A idéia é estabelecer um amplo compromisso entre diversos setores do governo e da sociedade brasileira que permita adotar ações urgentes para garantir a conservação da Amazônia.
O proposta é estabelecer metas anuais de redução progressiva da taxa de desmatamento, que seria zerada em 2015. As ONGs estimam ser necessários investimentos da ordem de R$ 1 bilhão por ano, vindos de fontes nacionais e internacionais, para compensar financeiramente aqueles que promoverem a redução do desmatamento e pagar serviços ambientais prestados na floresta.
A ministra do Meio Ambiente Marina Silva e os governadores estaduais Eduardo Braga, do Amazonas, Blairo Maggi, do Mato Grosso, e Waldez Góes, do Amapá, estiveram presentes ao evento. "Isso é apenas o começo, mas é um bom começo, e algo interessante. Estamos construindo um plano nacional com responsabilidades comuns porém diferenciadas", afirmou a ministra.
Até 2006, cerca de 17% da floresta Amazônica já haviam sido destruídos. Além de provocar o empobrecimento acelerado da biodiversidade, com impactos diretos no modo de vida de milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver, o desmatamento é também uma importante fonte de emissão de gases do efeito estufa, que contribui para acelerar o aquecimento global. Os desmatamentos e queimadas, principalmente na Amazônia, tornam o Brasil o 4º maior poluidor mundial do clima.