São Paulo – Reconstruir a Faixa de Gaza vai custar US$ 70 bilhões, dos quais US$ 20 bilhões já nos próximos três anos, de acordo com estimativas divulgadas nesta terça-feira (14) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud, na sigla em inglês). O cálculo foi feito pela Avaliação Conjunta de Danos e Necessidades, conduzida por União Europeia, Nações Unidas e Banco Mundial, e foi confirmado pelo representante especial do Pnud para o Programa de Assistência ao Povo Palestino, Jaco Cilliers.
Cilliers disse à imprensa que há indicações iniciais promissoras de disposição de contribuir para esse custo dos Estados Unidos, Canadá, estados árabes, países europeus e instituições internacionais. O representante do Pnud enfatizou que é fundamental incentivar o empreendedorismo e o setor privado da Faixa de Gaza por meio da concessão de microcrédito e subsídios para impulsionar a economia local.
Os cálculos divulgados pelo Pnud levam em consideração a necessidade de se reconstruir a infraestrutura viária do território, equipamentos públicos e unidades habitacionais, pois 425 mil delas foram destruídas ou danificadas, o que representa 84% dos edifícios da Faixa de Gaza. O serviço de limpeza de hospitais, serviços sociais e liberação das vias já começou, com a remoção de 81 mil toneladas de detritos e a reciclagem de 13,2 mil toneladas de entulho para pavimentação de estradas e construção de estruturas para abrigos temporários.
A estimativa do Pnud é que os ataques de Israel iniciados em outubro de 2023 e encerrados na segunda-feira (13) tenham resultado em 55 milhões de toneladas de escombros. Cilliers disse que as equipes que estão atuando no território ainda encontram corpos de vítimas da guerra. Eles são, então, recuperados para serem identificados. Na segunda-feira (13), como parte do acordo para acabar com o conflito, 20 reféns que estavam em Gaza foram libertados e devolvidos a suas famílias em Israel. O país, por sua vez, libertou 1.809 prisioneiros palestinos que mantinha sob custódia.
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