São Paulo – Bahrein, Omã e Catar são os países nos quais a agência e operadora de turismo Lynden quer concentrar seus esforços em 2020. Entre estas nações, os pacotes ao Bahrein devem ser lançados até março. A empresa já atua com destinos no Oriente Médio há 21 anos e quer diversificar suas opções.
“Com Omã já fazíamos alguma coisa, há cerca de três anos. Trabalhamos muito esse destino junto com Dubai. O Bahrein é a novidade. Estamos vendo uma forma de fazer o Golfo todo em uma só vez. E, como se está abrindo o turismo para a Arábia Saudita, estamos em contato para eles mandarem alguns roteiros também”, disse à ANBA Kháled Fayez Mahassen, dono da Lynden.
Mahassen é libanês e a empresa tem no país de origem do proprietário o carro-chefe. Para o Líbano há saídas diárias e pacotes de dez dias. Agora, o projeto de fazer tours conjugados é o objetivo da empresa para incluir os países menores em extensão como Bahrein, Omã e Catar. “No Bahrein três a quatro dias é o suficiente. Catar e Omã também. Já os Emirados Árabes, normalmente, fazemos em uma semana. Então, fazer aquela região toda em 15 a 20 dias é o suficiente”, explicou Mahassen.
Bahrein
Para o novo destino, a Lynden aposta no apelo histórico do país. “Existia uma civilização lá chamada Dilmun, de mais de seis milênios atrás. Normalmente, o Golfo não tem essa história antiga. O Bahrein tem esse diferencial”, destaca Mahassen. Para se aprofundar nessa civilização, uma das paradas é o Museu Nacional do Bahrein, que abriga uma coleção de exposições de esculturas contemporâneas ao lado de pinturas em cerâmica que abordam a época dos Dilmun.
Nessa linha, o empresário vê outro ponto que pode atrair a atenção de brasileiros: a influência portuguesa no país árabe. “Tem vários lugares interessantes na região. Por incrível que pareça, o Sultanato de Omã e o Bahrein têm influência portuguesa, então passamos por fortalezas dessa época, como o próprio Forte de Bahrein”, conta ele. A fortaleza (foto acima) é a principal do país e foi tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco.
O país oferece, ainda, experiências como uma visita a uma fazenda de camelos com até 400 animais e a viagem pela Estrada do Rei Fahad, que liga o Bahrein à Arábia Saudita em uma obra de 25 quilômetros construída acima do mar.
Já Omã e Catar devem ser trabalhados juntos por uma questão estratégica. “Há uma certa ginástica que tenho que fazer, por causa do embargo contra o Catar. Tenho que fazer o Catar primeiro, para depois passar pelo Sultanato de Omã; ou finalizar passando por Omã e em seguida Catar”, revela Mahassen, que tem em Omã uma das únicas pontes para os tours conjugados.
Retorno à Síria
Outra novidade da empresa é a retomada de viagens à Síria. Segundo o empresário, ainda há algumas dificuldades com o destino, mas que se limitam a questões burocráticas como a demora na emissão de visto. A empresa voltou a atuar em cidades como a capital, Damasco, além de Maalula, Homs e Lataquia.
Para seguir trabalhando na região, o empresário acredita na importância de difundir informações sobre o Oriente Médio em palestras como a que vai ministrar na Aviesp, exposição de turismo que ocorre em março em Águas de Lindóia. “A Lynden já passou por várias crises brasileiras e no Oriente Médio. Diversificamos os destinos exatamente para que quando tiver problemas em um país possamos continuar em outros”, concluiu.