Dubai – A Gulfood, feira do setor de bebidas e alimentos que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ganhou impulso novamente em sua 28ª edição, após três anos de pandemia de covid-19. O pavilhão egípcio na mostra foi uma demonstração disso já que recebeu um número de visitantes sem precedentes durante o primeiro e segundo dias da exposição.
O vice-diretor do Conselho de Exportação das Indústrias de Alimentos do Egito, Tamim El-Dawy, acredita que a edição atual tem a maior participação dos últimos três anos. De acordo com ele, o pavilhão egípcio está recebendo grande atenção dos importadores, especialmente de países africanos e do Oriente Médio. El-Dawy atribui o interesse às conquistas da indústria de alimentos do Egito e ao seu avanço em produtividade. Segundo ele, as empresas egípcias têm obtido os mais importantes certificados de segurança alimentar e de conformidade, com especificações europeias e norte-americanas.
El-Dawy enfatizou que o crescimento no número de visitantes à exposição é um bom indicador do retorno à normalidade do comércio internacional. É também uma tentativa de superar os desafios globais e sair dos gargalos enfrentados pela economia global com a pandemia de coronavírus e a guerra russo-ucraniana, que trouxeram recessão e um significativo aumento da inflação global.
Os egípcios na Gulfood
Abdul Rahman Maghazi, gerente de exportação da empresa Mashreq for Business Development, especializada na produção de bebidas naturais e um dos expositores no pavilhão egípcio, disse que a 28ª Gulfood está diferente do que foi nos anos anteriores. A participação de visitantes é grande e há um desejo real dos visitantes em fechar contratos e retomar o comércio entre os países.
Citando a pandemia, a guerra russo-ucraniana e a consequente escassez nas cadeias de suprimentos, com alta nos preços, Maghazi enfatizou que as empresas de todo o mundo foram muito afetadas e sofreram perdas enormes nos últimos três anos. Mas ele vê que a feira revela um forte desejo das empresas internacionais em restaurar a normalidade e facilitar a retomada do fluxo de comércio externo. Maghazi acredita que o nível de comparecimento de visitantes à feira, assim como a qualidade das visitas, confirmam a existência de um desejo de superar as crises globais e voltar à atividade normal.
O engenheiro Youssef Abu Hado, presidente do Conselho de Administração da empresa síria Maddox International, que fabrica máquinas para produção de salgados e aperitivos, um visitante da exposição, também percebe uma Gulfood diferente de anos anteriores. Ele participa da feira para atender clientes de empresa, que tem sede no Egito. Na mostra, Hado já se reuniu com novas empresas e entrará em contato com elas no final da exposição. O executivo acredita que as empresas não suportarão o prolongamento da recessão, sendo necessário que a economia global retorne à normalidade.
Tradução do árabe de Georgette Merkhan