Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2018, na série com ajuste sazonal. Em relação ao terceiro trimestre de 2017, o crescimento foi de 1,3%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos quatro trimestres terminados em setembro, o PIB subiu 1,4% em relação ao mesmo período anterior.
No acumulado do ano, o PIB cresceu 1,1% em relação a igual período de 2017. Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre de 2018 alcançou R$ 1,716 trilhão. A taxa de investimento foi de 16,9% e a taxa de poupança foi de 14,9%.
Os dados das Contas Trimestrais, divulgados hoje pelo IBGE, indicam altas de 0,7% na agropecuária, 0,5% nos serviços e 0,4% na indústria.
“Apesar de a agropecuária ter apresentado o maior crescimento, foram os serviços que mais influenciaram a taxa, já que são o setor de maior peso no PIB”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Os dados divulgados pelo IBGE indicam que no setor de serviços todas as atividades cresceram do segundo para o terceiro trimestre, com destaque para transporte, armazenagem e correio, que tiveram alta de 2,6%.
“Esse crescimento tem a ver com a greve dos caminhoneiros, um efeito de compensação após a paralisação ocorrida no segundo tri”, disse Rebeca. A pesquisadora destacou ainda o crescimento do comércio, alinhado ao aumento do consumo das famílias.
No comércio a alta foi de 1,1%; nas atividades imobiliárias, 1%; nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, 0,4%; na informação e comunicação, 0,2%; em outras atividades de serviços 0,2%; e na administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social 0,1%.
Influenciaram no crescimento de 0,4% na indústria, a alta de 0,8% nas Indústrias de transformação. Tanto as Indústrias extrativas quanto a Construção tiveram variação positiva de 0,7%. A única queda foi de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com queda de 1,1%.
Acumulado do ano
O resultado do acumulado do ano foi influenciado pelos crescimentos verificados na indústria, cuja expansão foi de 0,9%, e nos serviços, de 1,4%, uma vez que a Agropecuária apresentou variação negativa de 0,3%.
As atividades da indústria com resultado positivo no acumulado do ano foram indústrias de transformação (2,3%) e eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,5%). Indústrias extrativas não tiveram variação e apenas a construção fechou em queda: de 2,6%.
Nos serviços, houve crescimento em Atividades imobiliárias (3,0%); Comércio (2,8%); Transporte, armazenagem e correio (2,3%); Outras atividades de serviços (0,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,3%). O único resultado negativo foi no setor de informação e comunicação (-0,4).
Na análise da demanda interna, considerando o acumulado no ano até setembro, a formação bruta de capital fixo e a despesa de consumo das famílias cresceram, respectivamente, 4,5% e 2%. Já a despesa de consumo do governo registrou variação de 0,3%. No setor externo, as importações de bens e serviços apresentaram expansão de 9,4%, enquanto as exportações de bens e serviços cresceram 1,5%.