Londres – Os preços do petróleo dispararam nesta segunda-feira (09) depois do agravamento do conflito no Oriente Médio. No final de semana, o Hamas lançou ataque contra Israel, que passou a atingir também a Faixa de Gaza, provocando o temor de uma escalada dos enfrentamentos na região, rica em petróleo.
Os contratos de petróleo chegaram a disparar mais de 5% em alguns momentos. O preço do barril Brent bateu os US$ 89. O conflito também provocou efeitos nos mercados de ações globais. Moedas consideradas seguras, como dólar, iene e franco suíço, além do ouro, ganharam força neste cenário como refúgios de investimento.
A crise levantou preocupação sobre o abastecimento global de petróleo em um momento em que Arábia Saudita e Rússia têm em vigor cortes voluntários na produção para conter a queda de preços. No domingo (08) representantes do Bahrein, Iraque, Kuwait, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos reafirmaram compromissos com os ajustes voluntários e de medidas adicionais para apoiar a estabilidade do mercado.
O aumento do preço do petróleo traz de volta ao mundo receios dos impactos da inflação. A energia é um dos principais componentes e impulsionadores do crescimento dos preços, causando nova dor de cabeça aos bancos centrais da maioria dos países, que precisam aumentar as taxas de juros para evitar problemas maiores. Ao mesmo tempo em que garante receitas e orçamento para exportadores de petróleo, os preços altos causam problemas para as economias que dependem de importação de energia, inclusive entre os países árabes.
O preço do petróleo tipo Brent chegou a atingir US$ 122 o barril em maio do ano passado, mas começou trajetória de recuo desde então até quase a metade deste ano. Em dezembro do ano passado, o barril já estava na casa dos US$ 85,91 e em maio deste ano atingiu um dos seus patamares mais baixos desde o final de 2021, com média de US$ 72,66. Desde então vinha subindo, chegando na média de US$ 95,31 em setembro.
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