São Paulo – O governo da Jordânia divulgou uma nota nesta semana com esclarecimentos à população sobre os preços da carne de frango. O comunicado foi emitido após campanha nas redes sociais no país para boicote ao consumo de frango e ovos em função dos altos valores. As cotações dos alimentos subiram expressivamente no mundo neste ano em decorrência da pandemia e da guerra da Rússia.
Segundo notícia da agência de notícias oficial local, a Jordan News Agency (Petra), o comunicado conjunto do Ministério da Indústria, Comércio e Abastecimento e do Ministério da Agricultura informa que não há práticas monopolistas no mercado jordaniano de aves e que o país conta com muitas empresas produtoras locais, além de importações. O Brasil exporta frango para a Jordânia.
“Há produção local suficiente de frangos, cerca de 700 mil frangos são fornecidos ao mercado diariamente, entre frescos e vivos, em adição ao frango congelado importado”, disse o comunicado. De acordo com os ministérios, a Jordânia tem produção que atende as necessidades do mercado local e há, inclusive, excedente.
Os ministérios esclareceram que a alta do preço do frango localmente se deve ao aumento dos custos de produção, especialmente das matérias-primas. A nota informa aumento expressivo registrado no mercado jordaniano para soja e milho, além de outras commodities, devido às cotações no mercado global. Os ministérios dizem, no entanto, que estudos feitos pelo Ministério da Agricultura apontaram que os preços do frango na Jordânia estão mais baixos do que nos mercados vizinhos.
O governo adotou teto para o preço do frango no período sagrado do Ramadã para reduzir custos aos cidadãos e evitar aumentos significativos na época, e o comunicado esclarece que passado o período, a medida se tornou nula. A nota também informa que os ministérios operam pelo equilíbrio de mercado e que não são permitidas práticas com aumentos injustificados.