São Paulo – O Brasil produziu 17,2 milhões de toneladas de aço no primeiro semestre, um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Aço Brasil, em São Paulo. As vendas internas foram de 8,8 milhões de toneladas, um acréscimo de 9,9% na mesma comparação.
O instituto confirma a gradual trajetória de recuperação, mas aponta que o crescimento se justifica pela base de comparação baixa registrada em 2017. “É preciso relativizar esse crescimento”, disse Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo da entidade.
As exportações somaram 6,9 milhões de toneladas, uma queda de 5,7 % sobre os seis primeiros meses do ano passado. Em relação às receitas, houve um crescimento de 16%. “Com o fechamento do mercado americano, a consequência imediata seria a elevação dos preços”, explicou Lopes, referindo-se à imposição de taxa de 25% sobre o aço importado pelos Estados Unidos. Para o Brasil, foi estabelecida uma cota de fornecimento.
As importações de aço pelo Brasil chegaram a 1,3 milhão de toneladas, um avanço de 5,6% sobre o primeiro semestre de 2017.
As expectativas de crescimento do setor para 2018 foram revistas para baixo, considerando o cenário interno – impactado por fatores como a greve dos caminhoneiros no final de maio – e o contexto internacional, com o aumento do protecionismo de países como os EUA. Em abril, o instituto previa um avanço de 8,6%, mas agora a projeção é de 4,3%.
O maior impacto deve ser nas exportações, cuja previsão passou de um crescimento de 10,7% para um recuo de 0,6%. Também foram revistos os percentuais de aumento das vendas internas, de 6,6% para 5%, e de importações, de 10,1% para 5,3%.
*Com informações da redação da ANBA