São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira, entidade que apoia negócios entre o Brasil e os países árabes, avalia como adequada a resposta do Brasil aos casos de influenza aviária (H5N1) confirmados no País nas últimas semanas. A informação é de material divulgado pela assessoria de imprensa da instituição.
De acordo com o secretário-geral da entidade, Tamer Mansour (foto acima), a condução do Ministério da Agricultura e Pecuária e das empresas exportadoras de derivados avícolas tem sido “clara”, “transparente” e “organizada”, razão pela qual até o momento a doença não atingiu criações comerciais.
“Nenhum país árabe solicitou uma consulta formal ou oficial sobre o acontecimento. Isso graças ao Brasil ter sido muito transparente na transmissão de informações. Então, os países árabes estão se posicionando no sentido de monitorar a situação”, avalia o dirigente, que também acompanha o caso a pedido de países árabes, destino de 32% dos volumes de proteína avícola brasileira exportados ao exterior.
Até a última segunda-feira (5), o Ministério da Agricultura havia confirmado 24 casos da doença no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo, todos em aves silvestres, fora do setor produtivo. A pasta segue monitorando as granjas localizadas num raio de 10 km dos focos. Também abriu um crédito extraordinário de R$ 200 milhões para o monitoramento da doença, que até o momento não afetou as exportações.
No caso dos árabes, a Câmara Árabe já tem como rotina a verificação dos certificados de sanidade de cargas com destino aos países da Liga Árabe. Segundo a entidade, o processo é realizado normalmente, indício de que os carregamentos estão sendo recepcionados nos portos árabes, que entre janeiro e maio receberam 506,2 mil toneladas de derivados avícolas do Brasil, volume próximo ao do mesmo período de 2022.
Mansour tem aproveitado suas interlocuções com governos árabes para reforçar que a cadeia produtiva de derivados avícolas no Brasil é altamente verticalizada e que já seguia procedimentos sanitários rigorosos antes dos casos. Com a confirmação da influenza, esses procedimentos foram reforçados, com a proibição total de visitas aos criatórios.
A entidade enviou uma nota às embaixadas árabes no Brasil reforçando que a confirmação de influenza aviária não altera a condição do país como área livre da doença junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).