São Paulo – Depois da pandemia, o estado do Rio de Janeiro trabalhou para trazer de volta rapidamente os turistas domésticos e conseguiu. O objetivo agora é consolidar o retorno dos estrangeiros. Para isso, investe em promoção e trabalha tanto com órgãos governamentais como com quem transporta os visitantes internacionais: as empresas aéreas.
“Tivemos queda de turistas, depois fizemos a retomada do visitante doméstico e, agora, do internacional, o que nos leva a fazer parcerias com empresas aéreas e agências para aproveitar este momento em que as pessoas estão viajando mais”, disse à ANBA o secretário de Estado de Turismo do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca. Ele esteve no estande do Rio de Janeiro, um dos maiores e mais cheios da feira WTM Latin America, em São Paulo, na segunda-feira (15). Disse, contudo, que o turismo de forma geral ainda convive com reflexos da pandemia e citou como exemplo a falta de aeronaves em todo o mundo.
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Tutuca também avaliou a readequação de voos entre os dois principais aeroportos do estado: o Santos Dumont, na região central da cidade do Rio de Janeiro, capital do estado, e o RIOGaleão, localizado na Zona Norte e por onde chegam os voos internacionais. Até o ano passado, o Galeão sofria com a falta de voos e de passageiros enquanto o Santos Dumont recebia mais passageiros do que sua capacidade de 10 milhões por ano. Desde outubro de 2023, essa realidade começou a mudar.
Rio de Janeiro: reequilíbrio de voos entre aeroportos
Por decisão do governo federal, o Santos Dumont passou a enviar e receber voos de cidades a até 400 quilômetros do Rio de Janeiro, como São Paulo, Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Vitória, no Espírito Santo. Ao Galeão foram destinados todos os voos domésticos e internacionais acima dessa distância. Com o “reequilíbrio”, disse o secretário, já se trabalha com um aumento de 70% no número de voos em 2024 em relação a 2023 e com a perspectiva de se atingir neste ano um fluxo de 15 milhões de turistas apenas no Galeão.
Ainda em relação à atração de turistas, o objetivo é aumentar as chegadas internacionais e promover o fluxo de visitantes para além da capital. Turismo de “natureza”, Vale do Café, Costa do Sol (onde fica a cidade de Búzios) e Costa Verde (região onde estão Paraty e Angra dos Reis, entre outras cidades), são algumas das 12 regiões turísticas fluminenses que merecem uma visita, citou o secretário.
Uma das estratégias para promover o Rio de Janeiro é trabalhar em parcerias com empresas aéreas que pousam no Galeão, como a Emirates Airline, de Dubai. “Temos trabalhado com a Emirates para promover [o turismo]. Tem um incremento [em quantidade de turistas], mas é pequeno. Já temos o mais difícil, que é o voo direto entre as duas cidades”, afirma. A Emirates voa para o Rio de Janeiro quatro vezes por semana e terá uma quinta frequência a partir de novembro. Esse voo segue para Buenos Aires. No Brasil, a empresa aérea também opera voos diários entre Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e São Paulo.
De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Turismo do Rio de Janeiro, 1,2 milhão de turistas estrangeiros passaram pelo estado em 2023. Apenas em janeiro e fevereiro deste ano, foram 330 mil chegadas internacionais. A meta é superar neste ano o desempenho de 2023.
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