São Paulo – De 26 de novembro a 03 de dezembro acontece na capital paulista a Mostra de Cinema do Oriente Médio 2014. Com organização do Sesc São Paulo e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o evento traz 15 filmes produzidos por Síria, Líbano, Palestina, Irã, Turquia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Tunísia e Jordânia. Algumas das obras foram realizadas com países europeus.
“A mostra busca sair do circuito comercial e oferecer uma seleção recente [de filmes], muitas vezes recebidos de centros [cinematográficos] da região”, explica Arlene Clemesha, professora de História e Cultura Árabe no curso de Língua e Literatura Árabe da Universidade de São Paulo (USP) e uma das curadoras da mostra. As exibições acontecerão também no Cine Olido, além do Cine Sesc.
Entre as obras estão documentários e ficções. Em comum, a abordagem de temas da realidade da região, como conflitos, refúgio, a mulher na sociedade, a Primavera Árabe, a identidade nacional e questões familiares.
“A gente trabalha com a desconstrução da ideia de Oriente como algo homogêneo, visto pelo olhar do outro”, afirma Clemesha. Segundo ela, os filmes da mostra dão uma oportunidade ao espectador de ver a região a partir de uma visão mais interna, de quem a conhece bem.
“São os diretores do Oriente Médio retratando suas inquietações, sua cultura. É [uma visão] diferente de filmes feitos fora da região”, diz Clemesha. Ela também aponta para a diversidade de gêneros das obras. “A mostra junta vários tipos de linguagem cinematográfica, como documentário, ficção e animação. Há uma pluralidade de técnicas e meios, mostrando essa preocupação que é central.”
Entre os filmes há histórias curiosas, como a de As 18 fugitivas. Em uma mistura de atores reais e animação, mostra a trajetória de 18 vacas, compradas por palestinos para produzir leite, que são declaradas “uma ameaça ao Estado de Israel”. A ficção Girafada conta a história de Ziad, um menino de dez anos que se envolve em uma aventura por causa de uma girafa.
Há ainda obras históricas, como Odisseia Iraquiana, que aborda a trajetória do país árabe desde sua independência até a invasão pelos Estados Unidos, e Registra, sou árabe, que conta a história do poeta nacional palestino Mahmoud Darwish.
No sábado, dia 29, às 18h, ocorre ainda uma conversa informal com Clemesha e Márcia Camargos, também curadora da mostra. Na sessão Cinema da Vela: O cinema palestino entre identidade e exílio, que acontece no Cine Sesc, elas irão tratar sobre a trajetória do cinema palestino, sua produção, os temas abordados e outros tópicos referentes à produção cinematográfica da Palestina.
Serviço
Cine Sesc
26/11, quarta-feira, Abertura
21h – As 18 fugitivas
27/11, quinta-feira
15h – Em trânsito + Tempo de viver
17h – O professor
19h – Registra, sou árabe
21h – O agressor de Túnis
28/11, sexta-feira
15h – A caminho da escola
17h – A montanha
19h – Os enganados
21h – Mardan
29/11, sábado
15h – As 18 fugitivas
17h – O agressor de Túnis
18h – Cinema da Vela: O cinema palestino entre identidade e exílio
19h – Quando vi você
21h – Berlim -7º
30/11, domingo
15h – Girafada
17h – Quando vi você
19h – Mardan
21h – A caminho da escola
01/12, segunda-feira
15h – Água prateada, um autorretrato da Síria
17h – Odisseia iraquiana
02/12, terça-feira
15h – Registra, sou árabe
17h – Em trânsito + Tempo de viver
19h – Berlim -7º
21h – Os enganados
03/12, quarta-feira
15h – A montanha
17h – Girafada
19h – Água prateada, um autorretrato da Síria
21h – Odisseia iraquiana
Cine Olido
29/11, sábado
15h – Registra, sou árabe
17h – Os enganados. A curadora Arlene Clemesha apresenta a sessão.
30/11, domingo
15h – Mardan
02/12, terça-feira
15h – A montanha
17h – O professor
19h – Berlim -7º
03/12, quarta-feira
15h – Em trânsito + Tempo de viver
17h – A caminho da escola
19h – Mardan
CineSesc – Rua Augusta, 2075, Cerqueira César, São Paulo/SP. Telefone (11) 3087 0500. Ingressos de R$ 5 a R$ 17.
Cine Olido – Avenida São João, 473, Centro, São Paulo/SP. Telefone (11) 3331 8399.
Ingressos: R$ 1,00; meia entrada R$ 0,50.
