São Paulo – A historiadora e vice-presidente de Comunicação e Marketing da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Silvia Antibas, foi empossada nesta semana como membro da Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências, que recebeu novos integrantes ao comemorar os seus dois anos de fundação. A cerimônia ocorreu na última quarta-feira, dia 12 de fevereiro, na residência oficial do cônsul geral do Líbano no Rio de Janeiro, Alejandro Bitar, e da consulesa Fernanda Diehl, na capital fluminense.
Silvia ocupou a cadeira 32, cujo patrono é o artista e músico Sami Bordokan, falecido no ano passado. Silvia atuou na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo como diretora em áreas como preservação, difusão e formação cultural. Entre outras atividades e prêmios, ela foi vencedora do 17º Prêmio Unesco Sharjah para Cultura Árabe e é uma das fundadoras do projeto ArabLatinos, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e Fundação Sultão Bin Abdulaziz Al Saud da Arábia Saudita.
Falando para a ANBA, Silvia se disse orgulhosa do reconhecimento da academia e falou que se trata também de uma homenagem para toda a sua família. “Uma família numerosa, uma família linda que me apoia muito”, explicou. Ela também se disse agradecida à Câmara Árabe. “A Câmara Árabe me pôs em contato com toda a diversidade do mundo árabe e isso faz com que a gente aprenda muito”, disse.
Silvia Antibas tem ascendência sírio-libanesa. “A origem libanesa que tenho é uma presença muito forte dentro do meu cotidiano e da minha vida aqui no Brasil”, disse ela, ao assumir o posto justamente numa iniciativa voltada ao Líbano. “A influência libanesa está muito dentro da sociedade brasileira como na gastronomia, arte, arquitetura, medicina”, falou. O trabalho na Câmara Árabe, segundo ela, permite mostrar para as pessoas a sabedoria árabe que vem de milênios e que ajudou no desenvolvimento da civilização ocidental.
Também assumiram cadeiras na academia o advogado, professor, escritor e político Gabriel Chalita e o empresário e líder empresarial Antonio Florêncio de Queiroz Junior. A jornalista e tradutora Thaís Costa foi empossada como acadêmica de honra. “A força da Academia está em seus membros e seu crescimento depende da participação ativa de todos os acadêmicos”, informou a academia em material divulgado.
Presidida por José Roberto Tadros e tendo como presidente de honra Carlos Nejar, a Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências tem como missão promover integração e colaboração entre culturas, respeitando a diversidade e fortalecendo a imagem dos libaneses no Brasil e mundo. Ela busca ajudar o Líbano por meio da influência dos membros e inspirar as gerações futuras a se orgulharem das origens.
Ajuda ao Líbano
Durante o evento dos dois anos da fundação, o Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro prestou homenagem a personalidades fundamentais para a criação de um gabinete de crise, que ocorreu durante a agressão israelense ao Líbano em 2024, e trabalhou pelo envio de ajuda aos libaneses. As pessoas homenageadas foram José Roberto Tadros, Roger Bassil, Jorge Kalil, Samir Barghouti e Robert Nemer.
Prêmio
A Academia também instituiu o Prêmio Gibran Khalil Gibran, concedido anualmente a personalidades de destaque nas áreas literária, artística e científica. O primeiro laureado foi o próprio idealizador e fundador da academia, Alejandro Bitar. Houve jantar de confraternização e uma apresentação musical do duo Ventos do Mundo, composto pelo violoncelista David Chew e pela tecladista Kátia Ballousier.
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