Cairo – As tâmaras produzidas no Egito foram exportadas para 63 mercados no exterior no ano passado, apesar da pandemia de covid-19, de acordo com informações do diretor-executivo do Centro de Tecnologia de Alimentos do Ministério do Comércio e Indústria do país árabe, Amjad El-Qadi. O Egito tem como estratégia atual o incentivo do cultivo local dos tipos de tâmaras com maior aceitação na exportação.
Segundo El-Qadi, o Egito é o maior produtor de tâmaras do mundo. Porém, sua participação no volume de comércio internacional de tâmaras não ultrapassa 4%, considerando que as exportações egípcias da fruta somaram cerca de 43 mil toneladas em 2020, somando US$ 43 milhões. O número de países que importaram tâmaras do Egito em 2020 significou crescimento sobre 2019, quando elas foram vendidas a 50 países.
O diretor-executivo disse que 12 fábricas de tâmaras do país entraram na lista de empresas que atendem aos requisitos da Autoridade Nacional de Segurança Alimentar no ano passado, e outras 12 fábricas estão em processo de inclusão na lista, como parte da estratégia do Ministério do Comércio e Indústria de desenvolver o setor, o que inclui a expansão do cultivo de variedades de tâmaras que recebem demanda internacional. Desta lista fazem parte as empresas egípcias autorizadas a exportar pelas autoridades sanitárias egípcias.
El-Qadi atribuiu os motivos da baixa exportação de tâmaras egípcias ao desconhecimento do mercado global das variedades, já que apenas dois tipos produzidos localmente são exportados, Siwi e Saidi. Elas são consideradas variedades secas. Segundo o diretor-executivo, na estratégia de desenvolvimento da produção de tâmaras a ênfase é dada à expansão das variedades que têm aceitação em mercados internacionais, como Madjool e Barhi, além de outros tipos específicos da região do Golfo e que podem ser cultivados no Egito.
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O diretor ressaltou, ainda, que o Egito enfrenta problemas com cultivos esporádicos, como o que vem ocorrendo na província de Al-Buhaira, onde são produzidas grandes quantidades de tâmaras de tipos não exportáveis, como Zaghloul e Samani, e que há algumas áreas que ainda utilizam métodos antigos que levam a grandes perdas.
Sobre o impacto da pandemia no setor de tâmaras, El-Qadi disse que todos os setores foram afetados pela queda na demanda, já que muitos países tomaram medidas restritivas, inclusive no setor dessas frutas, que também foi prejudicado pelos fechamentos do comércio.
Nesta semana, foram lançadas as atividades da I Encontro Anual de Produtores de Tâmaras, na cidade de Kharga, na província de New Valley, no Egito.
*Traduzido do árabe por Saleh Aidar