São Paulo – Um terço das empresas de médio porte da Arábia Saudita espera crescer pelo menos 10% e mais da metade contratará mão de obra extra neste ano. Os dados fazem parte da pesquisa Barômetro do Crescimento EY, que mostra que os empresários sauditas estão mais otimistas do que no ano passado em relação ao crescimento.
O levantamento é da empresa de serviços Ernst & Young e aponta que entre os empresários entrevistados, 33% espera crescimento de mais de 10% nos seus negócios neste ano e 60% está focado em alcançar um avanço entre 6% e 10%. Esse último número significa um salto de 26 pontos percentuais sobre os resultados de 2017. Apenas seis dos 2.700 entrevistados acreditam que terão queda de receitas, contra 5% do ano passado.
Segundo o sócio-gerente da EY na Arábia Saudita, Fahad Altoaimi, há uma onda de ambição e confiança entre os empresários no país motivada pela Visão 2030 e Programa Nacional de Transformação, que são planos nacionais de crescimento. Entre as metas do Visão 2030 está aumentar a participação das empresas de médio porte na economia.
Altoaimi afirmou que as expectativas dos empresários ultrapassam a projeção do Fundo Monetário Internacional para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) saudita, de 1,7% em 2018. “Um dos principais objetivos da Visão 2030 era aumentar a participação das empresas de médio porte na economia e isso aumentou a confiança”, disse.
Também faz parte dos planos nacionais o fomento à inovação. No ano passado, 94% dos entrevistados da pesquisa disseram que não adotariam automação robótica. Neste ano, 95% disseram que pretendem implantá-la nos seus processos em cinco anos. Os empresários também disseram que percebem a necessidade de expansão ao exterior. A atuação fora das fronteiras sauditas é prioridade para o crescimento para 29% dos entrevistados. A contratação de funcionários para período integral é meta para 58% dos empresários ouvidos.
Apesar das boas expectativas, há preocupação com a escassez do fluxo de caixa e esse é o principal desafio para o crescimento neste ano. Cerca de um terço dos empresários entrevistados afirmou que depende de crédito bancário atualmente, mas também está buscando financiamento pelo mercado de capitais, já que o país está modernizando a bolsa de valores. Três quartos considera fazer um IPO – oferta pública inicial ou abertura de capital.