São Paulo – Tocar na costa do Marrocos depois de nadar 22 quilômetros ininterruptos no Estreito de Gibraltar. Esse era o objetivo do nadador e empresário brasileiro Alain Levy, de 57 anos. E foi o que ele fez no mês passado. Levy, atleta por hobby, atravessou o Estreito desde o Porto de Tarifa, na Espanha, e chegou a Punta Marsa, em terras marroquinas após seis horas e doze minutos de braçadas.
A escolha do local foi uma sugestão do técnico de Levy, Marcelo Lopes. O treinador achou que era um desafio difícil, mas adequado para o nadador em função das condições climáticas e da distância. O toque da mão nas pedras, em Punta Marsa, foi o primeiro contato do nadador com o território do Marrocos. Após cumprir o prometido, porém, Levy voltou ao barco que o acompanhava e retornou à Espanha.
“Da Espanha eu tomei um avião, com minha esposa, e fomos conhecer o Marrocos. O país é lindíssimo, eu sempre quis conhecê-lo”, disse Levy, em entrevista à ANBA. O empresário passou vários dias no país árabe, onde viajou de carro e conheceu uma diversidade de cidades, desde Marrakesh até Fez. “É um povo bom, respeita muito os turistas”, conta. Ele não chegou a voltar a Ponta Marsa, no entanto, em função da distância.
Levy acredita que deve fazer mais uma travessia internacional nos próximos anos, mas ainda não escolheu o destino. A natação funciona como um desafio pessoal para o empresário, que trabalha com importação de brinquedos em São Paulo. “A natação sempre foi um plus para mim”, explica ele. A outra travessia internacional que Levy fez foi no rio Hudson, em Nova York, nos Estados Unidos, em 2006. Desde que começou a brincadeira, porém, em 2002, ele já realizou 80 travessias em água aberta.
Ele as encara como um desafio pessoal. “Quando você quer fazer, você consegue”, afirma. “Você não precisa ser campeão, não tem que ser o melhor. Alcançar o seu sonho é o que importa”, diz Levy. Para atravessar o Estreito de Gibraltar, o brasileiro treinou de janeiro até julho deste ano. A travessia foi acompanhada por um barco – que se chama barco patrão, o qual o nadador vai seguindo – e pela Cruz Vermelha. Levy foi o 10ª homem mais velho do mundo a atravessar o Estreito.