São Paulo – A mineradora Vale vai investir ao menos US$ 2 bilhões para reduzir em 33% suas emissões absolutas diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2030. O valor equivale a R$ 11,8 bilhões pela cotação atual.
As emissões diretas são provenientes de operações próprias e as indiretas, de origem externa usadas no processo produtivo, como o consumo de energia elétrica. A meta está alinhada com o Acordo de Paris, que estabeleceu um limite máximo de aumento da temperatura média global de 2°C até o ano 2100.
O valor do investimento é o maior já comprometido pela indústria da mineração para o combate às mudanças climáticas. Com a iniciativa, a Vale pretende se transformar em uma empresa com emissão líquida zero nos escopos 1 e 2 em 2050, liderando o setor para uma mineração carbono neutra.
O anúncio do investimento foi feito nesta terça-feira (12) pelo diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, durante encontro anual com analistas do Bank of America Merrill Lynch, que por conta da pandemia do novo coronavírus foi realizado virtualmente.
A iniciativa é um avanço na agenda do clima da empresa, que em dezembro passado já havia anunciado a intenção de reduzir suas emissões e estabeleceu uma precificação interna de carbono de US$ 50 por tonelada de CO2 equivalente para projetos de capital e concorrentes.
“Esta agenda é fruto de um processo de escuta, alinhado com uma demanda real da sociedade relacionada à mudança climática por uma redução robusta nos escopos 1 e 2”, disse Bartolomeo em nota. “Estamos dando mais um passo na construção de um novo pacto com a sociedade, com transparência e responsabilidade”, completou.