São Paulo – As vendas do agronegócio brasileiro ao Egito somaram US$ 3,3 bilhões no ano passado, em alta de 91,4% em relação a 2023, de acordo com informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgadas nesta quarta-feira (8). No total, as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 164,4 bilhões em 2024, uma redução de 1,3% em relação a 2023. O montante representa o segundo melhor desempenho da série histórica.
Segundo informações do ministério, a redução se deve à queda no valor dos produtos exportados no ano passado em comparação com 2023, entre eles soja em grãos, milho, açúcar, carne bovina, algodão, carne de frango e suína. Em relação ao Egito, indicou o detalhamento divulgado pelo Mapa, o maior crescimento em valores de importações de produtos brasileiros foi registrado nas compras de milho, açúcar de cana em bruto, soja em grãos e fumo não manufaturado. Sozinho, o Egito correspondeu a 2% das exportações brasileiras do agronegócio.
Principais clientes do agronegócio
Os Emirados Árabes Unidos foram o principal cliente da agricultura e pecuária brasileira entre as nações árabes, com importações que somaram US$ 3,4 bilhões, uma expansão de 46% sobre 2023. Assim como o Egito, os Emirados foram destino de 2% das vendas do agro. Esse crescimento foi liderado pelos embarques de açúcar de cana em bruto e carne bovina in natura. Entre todos os países, o principal cliente do agronegócio brasileiro foi a China, destino de 30% das exportações do setor, ou US$ 49,7 bilhões. Foi seguida por Estados Unidos e Países Baixos entre os três principais destinos.
No consolidado por blocos e regiões, as vendas ao Oriente Médio foram de US$ 13,9 bilhões em aumento de 20,4%. Para a África, as exportações do setor somaram US$ 12,5 bilhões, em expansão de 24,4%. Ainda segundo o Mapa, há expectativa de safra recorde de grãos no Brasil neste ano, o que poderá resultar em incremento nas vendas externas do agronegócio. Os principais produtos do agronegócio exportados pelo Brasil em 2024 foram soja em grãos, açúcar, carne bovina, café, celulose, farelo de soja, carne de frango, milho, algodão e suco de laranja. No ano passado, o setor correspondeu a 49% das exportações brasileiras.
Entre os insumos importados pelo setor, as compras de fertilizantes somaram US$ 13,6, bilhões, em queda de 7,2% em comparação com 2023. Em volumes, contudo, as importações de fertilizantes subiram 8,2% na comparação anual.
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