Dubai – A Zona Franca do Aeroporto de Dubai (Dafza) agora dá mais facilidades e serviços para quem quer trazer seus negócios para o emirado. Além de oferecer isenção de impostos, localização estratégica, propriedade total, repatriamento completo dos ganhos e infraestrutura de alto padrão, agora a Dafza conta com duas novas empresas, a Commercity, voltada ao e-commerce, e a Scality, criada para alavancar os negócios de startups.
A delegação da Câmara de Comércio Árabe Brasileira esteve na sede da Dafza nesta segunda-feira (18) e conheceu os novos produtos e serviços disponíveis na zona franca para levar a informação para os empresários brasileiros.
A Câmara Árabe e a Dafza assinaram um memorando de entendimento no ano passado, durante edição virtual do Fórum Econômico Brasil Países Árabes, com o intuito de fazer chegar mais informações sobre o halal a empresas brasileiras e incentivá-las a entrar nesse mercado por meio da Dafza.
O embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara Árabe, e o secretário-geral da entidade, Tamer Mansour, foram recebidos pela diretora-geral adjunta da Dafza, Amna Lootah, o conselheiro sênior Abdur Rahim Ghulam, o COO da Dubai Commercity, DeVere Forster, o presidente da Scality, Hassan Waheed, e o gerente do Halal Trade and Marketing Centre, Tomás Guerrero.
Forster apresentou os serviços da Dubai Commercity, nova empresa da Dafza. Ele disse que os que compram por e-commerce nos Emirados Árabes estão acostumados a receber seus produtos no mesmo dia, ou entre um e dois dias, no máximo. E que para os produtos brasileiros ou de outros países terem competitividade nesse mercado, eles precisariam estar armazenados localmente. Ele apresentou o serviço de e-fulfilment centre, o centro de distribuição da Commercity, que mantém produtos de diversas empresas e faz todo o serviço de logística. Além do centro, a Commercity também pode montar o site da marca e todos os processos. Segundo Forster, leva cerca de doze semanas para um e-commerce se estabelecer na zona franca, e menos tempo se ela já tiver o e-commerce montado.
A Scality, de acordo com Waheed, ajuda as startups a aumentar a escala de seus negócios. Por exemplo, uma empresa pode começar a vender nos Emirados Árabes Unidos e em seguida abrir o mercado do Egito, e depois, da Arábia Saudita. Ainda é um projeto recente, mas em alguns meses eles pretendem oferecer também o serviço de aceleradora de startups.
Mansour disse que a Câmara Árabe quer atrair mais startups e que esse é o futuro dos negócios. “O mercado árabe é importante para o Brasil, mas muitas empresas não sabem como chegar aqui. Nós queremos ajudar a mostrar o caminho junto com vocês”, disse.
Chohfi se disse impressionado com as apresentações e os novos serviços oferecidos pela zona franca. Ele disse que as empresas brasileiras podem se beneficiar muito com as iniciativas, e lembrou que a Câmara Árabe também vem trabalhando na modernização dos serviços, com mais tecnologia envolvida, como a plataforma Ellos Blockchain e o Lab CCAB, laboratório de inovação lançado recentemente. “Esta é uma grande oportunidade para atrair mais empresas brasileiras para a Dafza”, disse.
Tomás Guerrero falou sobre o trabalho do Halal Trade and Marketing Centre e como o centro já está trabalhando junto à Câmara Árabe para sensibilizar as empresas brasileiras sobre o mercado halal, que vai muito além do abate e da proteína animal. Os principais setores abordados foram o de turismo e o de cosméticos halal, e como as entidades, em conjunto, podem levar esse conhecimento para o Brasil.
A Câmara Árabe ficou de marcar novas reuniões técnicas com a Scality, a Commercity e o Halal Trade Centre individualmente.
Também participaram da reunião a gerente de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar, e o executivo de Negócios Internacionais do escritório internacional da Câmara em Dubai, Noury Dweidary. Da parte da Dafza, estiveram presentes Johnny Victor, consultor de Marketing, Mira Almheiri, também da área de Marketing, e Mohamed Al Ali, diretor de assuntos externos.