São Paulo – As exportações do Brasil aos países árabes somaram US$ 1,825 bilhão no primeiro bimestre, um aumento de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Entre os dez maiores mercados da região, as vendas cresceram para o Emirados Árabes Unidos (10%), Egito (209%), Catar (66%), Tunísia (182%) e Líbano (5,3%), mas caíram para a Arábia Saudita (4,8%), Argélia (30,5%), Omã (25%), Marrocos (22%) e Bahrein (11%).
O desempenho dos dois primeiros meses de 2018 foi impulsionado pelas vendas de minérios de ferro – que avançaram 13%, carne bovina (23,5%), milho (133%) e material de defesa (3.017%). Em termos absolutos, o açúcar foi o principal produto exportado, seguido por carne de frango, minério de ferro, carne bovina e milho.
De forma geral, os embarques de produtos do agronegócio renderam US$ 1,23 bilhão, um recuo de 9,17% sobre o primeiro bimestre de 2017. O volume embarcado, no entanto, cresceu 13,53% na mesma comparação.
Segundo a Câmara Árabe, a queda na receita das exportações deste grupo de produtos é resultado de flutuações nos preços internacionais do açúcar e da redução da demanda por carne de frango em alguns países. O diretor-geral da entidade, Michel Alaby, destacou que os estoques de frango estavam altos na região e os importadores optaram por colocar o produto no mercado, o que inibiu as importações.
“Janeiro e fevereiro geralmente são meses mais fracos”, afirmou Alaby. “Em março deve haver uma melhora, com a entrada das exportações de soja e com a formação de estoques para o Ramadã”, acrescentou ele, referindo-se ao mês do calendário muçulmano em que os fiéis jejuam do nascer ao por do sol, mas se reúnem para grandes refeições coletivas à noite. Este ano o Ramadã terá início em meados de maio.
Importações
Na outra mão, o Brasil importou o equivalente a US$ 1,143 bilhão dos países árabes, uma redução de 10,3% em relação aos dois primeiros meses do ano passado.
O País importou menos da Arábia Saudita (20,5%), Argélia (35%), Marrocos (28), Catar (22,4%), Egito (5,8%), Emirados (7,8%) e Bahrein (34,6%), porém, comprou mais do Kuwait (33,7%) e Omã (292,5%). As importações do Iraque permaneceram no mesmo patamar.
Caíram as compras de petróleo e derivados (4,7%) e de fertilizantes (35,8%), mas subiram as de plásticos (79,8%).