São Paulo – A Argélia proibiu a reexportação de produtos essenciais ao consumo local, tais como açúcar, massas, óleo, sêmola e derivados de trigo. A medida foi tomada no domingo (13) em reunião do Conselho de Ministros, presidida pelo presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, e anunciada em um comunicado de imprensa.
Na prática, foram desautorizadas as exportações a partir da Argélia de alimentos importados pelo país e que são essenciais para a população. A medida foi tomada após apresentação sobre a disponibilidade de produtos estratégicos pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural e Ministério do Comércio e da Promoção das Exportações.
O presidente encarregou o Ministério da Justiça de elaborar projeto de lei criminalizando a exportação de produtos não produzidos localmente porque prejudica a economia nacional. Também foi ordenada a manutenção da proibição da importação de carnes congeladas para o incentivo ao consumo de carnes locais.
O governo argelino também determinou que sejam dados incentivos para que os agricultores argelinos abasteçam o estoque estratégico de trigo e leguminosas do país. Os estímulos devem ser dados em forma de empréstimos, fertilizantes e outros benefícios, segundo informação da agência de notícias estatal, Algérie Presse Service (APS).
A decisão foi tomada em meio a preocupações mundiais com o desabastecimento de alguns produtos essenciais, em função da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e com o aumento vertiginoso de preços dos alimentos. Outros países, entre eles o Egito, tomaram medidas similares para garantir o abastecimento interno e conter as cotações.