São Paulo – A importação brasileira de fertilizantes foi recorde no mês de janeiro, de acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em seu Boletim Logístico. As compras alcançaram 2,77 milhões de toneladas contra 2,41 milhões de toneladas no mesmo mês de 2023, um acréscimo de 15% nas chegadas.
A Conab explica que o aumento ocorreu porque diante de projeções de eventos climáticos adversos foram postergadas para o início deste ano compras de fertilizantes nitrogenados que ocorreriam em 2023, como para o plantio da soja e a segunda safra de milho. O volume importado foi o maior dos últimos cinco anos.
“As projeções para a temporada 2023/24 passaram a apresentar fortes desafios com a queda no ciclo de produção dos grãos causada por eventos climáticos adversos no Brasil, trazendo escassez de chuvas e temperaturas elevadas no Centro-Oeste, combinadas com excesso de precipitação na região Sul, que afetaram o plantio e o desenvolvimento das culturas relevantes da segunda safra nacional”, informa a Conab.
As compras de nitrogenados, somadas aos negócios de fosfato e potássio, que tiveram grandes volume e preços atraentes e costumam ocorrer nessa época, impactaram o resultado do primeiro mês do ano. A Conab também informa que as estimativas da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) apontam para um aumento nos estoques de passagens de fertilizantes no Brasil de 2023 para 2024.
De acordo com a Conab, do total de fertilizantes importados que chegou no mercado brasileiro no mês passado, um milhão de toneladas foram desembarcadas pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, 0,31 milhão de toneladas pelos portos do Arco Norte, na região Norte do Brasil, e 0,8 milhão de toneladas pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Houve aumento das entradas em Paranaguá e Santos, mas queda no Arco Norte.