São Paulo – As exportações brasileiras para o Oriente Médio cresceram 30,1% em outubro, comparadas com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta quarta-feira (01). As vendas para o bloco somaram US$ 1,096 bilhão no mês e representaram 5,8% do total dos embarques do país.
Os produtos que puxaram esse aumento foram automóveis de passageiros, motores e turbinas para aviação, carne bovina, chassis com motor, bovinos vivos, minério de ferro, milho em grão, açúcar refinado soja em grão e café em grão.
Na mão contrária, o Brasil importou US$ 332 milhões em produtos dos países da região, um avanço de 20,3% sobre outubro de 2016. Os destaques foram petróleo bruto, ureia, cloreto de potássio, álcoois acíclicos e seus derivados halogenados, gás natural, superfosfatos, adubos e fertilizantes, querosene, polímeros plásticos, alumínio bruto, enxofre e chapas, folhas e tiras de plásticos.
No total, o Brasil exportou US$ 18,877 bilhões no mês passado, um aumento de 31,1% sobre igual período de 2016 e um recuo de 3,7% em relação a setembro, pela média diária. As importações subiram 14,5% na comparação anual e caíram 3,4% na mensal, somando US$ 13,676 bilhões.
Com isso a balança comercial brasileira registrou US$ 5,201 bilhões em superávit em outubro, 122,5% acima do saldo positivo apurado no mesmo mês do ano passado. Segundo o MDIC, foi o melhor superávit da história para outubro.
No acumulado do ano, as vendas externas somam US$ 183,481 bilhões e as importações, US$ 125,004 bilhões, altas de 19,9% e 9,1%, respectivamente, sobre o resultado de janeiro a outubro do ano passado, pela média diária. O superávit da balança comercial foi recorde: US$ 58,477 bilhões, valor 51,8% acima do registrado em igual período de 2016.
De acordo com o diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Brandão, a expectativa de superávit para ano foi ampliada de aproximadamente US$ 60 bilhões para algo entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões.
“Isso se justifica pelo desempenho das exportações. Temos US$ 30 bilhões a mais, com desempenho positivo de vários produtos, como a soja, minério de ferro, produtos siderúrgicos, tanto de volume, como de preços das exportações”, disse Brandão.
Para o Oriente Médio, as exportações avançaram 17,9% de janeiro a outubro, somando US$ 9,835 bilhões, enquanto as importações da região somaram US$ 3,149 bilhões, uma alta de 6,2% no período.
*Com informações da Agência Brasil