Débora Rubin
São Paulo – Quando chega do trabalho à noite, Ademilda Mundim parte para a segunda jornada de seu dia, que é, ao mesmo tempo, seu hobby predileto: fazer bijuterias. Em um pequeno ateliê montado em sua casa, a mineira que vive em Brasília, fica muitas vezes até as duas horas da madrugada fazendo correntes, colares, brincos e anéis. Em apenas um ano, conseguiu fazer valer sua dupla jornada. Colocou um nome em sua pequena empresa, "Ademilda Mundim Design de Bijuterias", conquistou clientela fiel na capital federal e aumentou sua produção.
Apesar de não ter loja própria, conseguiu espalhar seu nome – e sua produção – aos quatro cantos depois de participar da Feira do Empreendedor, em março, realizada em Brasília mesmo. A divulgação funcionou. Hoje, tem até revendedora.
Dedicada e ambiciosa, agora quer dar um passo maior: exportar suas peças. Mas antes, quer ficar mais conhecida no resto do país e finalmente poder viver apenas de sua fábrica de bijuterias. "Pretendo me unir a algumas cooperativas aqui de Brasília para começar a exportar em grupo. Fica bem mais fácil", explica.
Ademilda, que conta com a ajuda da irmã Simone para divulgar seu trabalho, começou a se interessar pela confecção de semi-jóias quando auxiliava uma artesã que fazia um trabalho parecido. Naquela época, matriculou-se num curso prático, pegou as manhas e passou, ela mesma, não só a produzir mas também a criar peças.
"Não fico copiando de ninguém, mas sou muito antenada. Fico de olho em tudo o que aparece nas novelas, nas revistas e até lá na minha terra, em Araguari, Minas Gerais. A moda chega antes lá do que aqui em Brasília", garante a designer.
Seu método de produção varia conforme o gosto do freguês. Tem cliente que chega com uma roupa e pede algo que combine. Outras pedem algo visto na televisão. E tem as revendedoras, que compram logo várias peças do mesmo modelo. Além disso, Ademilda tenta acompanhar modismos e festas. Para o fim do ano, ela já preparou um estoque de peças com muita prata e muito brilho. Já os colares com sementes, mais exóticos, vão e voltam. "O pessoal enjoou um pouco. Mas deve voltar agora que a Globo está filmando uma série na Amazônia", explica.
Entre os materiais usados por Ademilda há cristais, strass, pérolas de vidro, entre outros. Suas criações são simples, "mas muito criativas", enfatiza a designer, e voltadas para mulheres de classe média. As peças variam de R$ 35 a R$ 70.
Ademilda Mundim Design de Bijuterias
Telefone: +55 (61) 3357 2606
E-mail: ademildamundim@yahoo.com.br