São Paulo – Zonas de livre comércio, necessidade de transferência tecnológica, liberdade cambial, segurança jurídica e bancária, mão-de-obra qualificada. Estes foram alguns dos pontos citados no primeiro dia do “Seminário Encorajamento do Investimento e Reforço das Exportações”, realizado ontem (27), em Beirute, no Líbano, sobre como os países árabes podem atrair capital estrangeiro.
Participaram do evento representantes de câmaras de comércio da Europa, Austrália e Brasil, incluindo o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, além de funcionários de governos de países árabes.
“Na abertura, o dr. Adnan explicou que o aumento do investimento estrangeiro e o incremento das exportações dos países árabes para o mundo representam um maior desenvolvimento econômico, com perspectivas de geração de emprego”, relatou Alaby, referindo-se a Adnan Kassar, presidente da União Geral das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes.
Segundo o secretário-geral, outro ponto destacado na abertura do evento foi a área de livre comércio formada por 15 países árabes desde 2005 (Egito, Líbano, Síria, Jordânia, Palestina, Argélia, Marrocos, Tunísia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Omã, Catar, Bahrain e Kuwait) e que deve estar em pleno funcionamento nos próximos cinco ou dez anos.
“Com isso, há a criação de mais mercado para a instalação de empresas estrangeiras nos países árabes. Além disso, alguns países árabes do Norte de África têm acordos de livre comércio com a União Européia”, disse.
Nabil Itani, presidente e CEO da Autoridade de Desenvolvimento e Investimento do Líbano (Idal, na sigla em inglês), falou, entre outros temas, sobre os atrativos para investimentos em seu país, como isenção de imposto de importação de máquinas e matérias primas e de imposto de renda para os primeiros quatro anos de instalação das empresas.
De acordo com Alaby, os participantes destacaram também as vantagens das zonas francas localizadas nos países árabes. “Todos abordaram sua localização geográfica, ao lado dos portos, seus incentivos e as políticas de industrialização dos países árabes”, relatou.