São Paulo – A Arábia Saudita foi escolhida como um dos mercados-alvo para as exportações da indústria farmoquímica e farmacêutica brasileira. O país integrará as ações da segunda parte do Projeto Setorial Integrado (PSI) do setor, uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), a Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) e outras entidades setoriais. O investimento em promoção comercial deverá superar os R$ 4 milhões até o final de 2012.
“A Arábia Saudita foi escolhida como um dos mercados-alvo por já ser um grande centro de negócios para outros produtos brasileiros, especialmente na área alimentar”, diz José Correia, presidente da Abiquifi. “Além disso, a afinidade brasileira com os sauditas, construída há décadas com as importações de petróleo, a extensa colônia [árabe] no Brasil e a forte presença [árabe] em nossos costumes, foram outros fatores que influenciaram a escolha da Arábia Saudita como nosso ponto de partida para o desenvolvimento do PSI”, destaca.
Em 2010 e 2011, as exportações de produtos farmacêuticos do Brasil para o país árabe foram pequenas. No ano passado, somaram US$ 1,6 milhão, e de janeiro a setembro desde ano foram de US$ 1 milhão, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Correia conta que a segunda fase do PSI, que vigora desde agosto deste ano até dezembro de 2012, foi reformulada em relação aos convênios anteriores, que envolviam apenas a participação das empresas nacionais na CPhI Worldwide, a maior feira do setor, em Frankfurt, na Alemanha.
“Este projeto contemplará ações diversas, como inteligência comercial, prospecção de mercado, marketing internacional, participação em feiras internacionais, projetos comprador, vendedor e imagem, além de capacitação para as empresas”, ressalta.
Para a Arábia Saudita, a atenção será voltada à área de inteligência comercial, com o levantamento de informações sobre questões regulatórias, dados gerais, principais “players”, potenciais clientes e distribuidores, licitações e tendências.
“O principal objetivo neste momento é fornecer informações confiáveis e valiosas para que as empresas possam se qualificar e se estruturar a fim de atuar no mercado da Arábia Saudita com maior segurança, confiabilidade e possibilidade de sucesso”, declara Correia.
Além do país árabe, foram selecionados como mercados-alvo a Espanha, Angola, África do Sul, Rússia, México, Colômbia e Argentina. Segundo dados da Abiquifi, o total das exportações brasileiras do setor em 2010 foi de US 1,7 bilhão. Com a segunda fase do PSI, espera-se que as vendas externas superem os US$ 2 bilhões até o final de 2011.
