São Paulo – A empresa brasileira Arbaza, que participou como expositora da feira Anuga no estande organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, fez vendas de feijão, pipoca e gergelim na mostra. A Câmara Árabe teve pela primeira vez um espaço na maior feira de alimentos do mundo com o propósito de ser um ponto de encontro entre árabes e brasileiros presentes. A Anuga ocorre na Alemanha e a edição deste ano terminou nesta quarta-feira (09).
O gerente de Relações Internacionais da Arbaza, Eduardo Balestreri, conta que ter participado como expositora no espaço da Câmara Árabe favoreceu o contato e a realização de negócios com clientes árabes, o que a Arbaza vinha buscando. A empresa tanto concluiu vendas que estavam iniciadas, como conseguiu novos clientes. Os negócios foram feitos com importadores do Oriente Médio, principalmente do Egito.
“Vínhamos planejando há bastante tempo a participação da Arbaza como expositora na Anuga. É diferente quando você está em um estande, dá para fixar a marca, o cliente te recebe de outra maneira”, afirmou Balestreri à ANBA. A empresa já esteve em outras três edições da feira alemã, mas apenas como visitante. Além de Balestreri, representou a Arbaza na Anuga o gerente de comércio internacional, Euclides Cezar Trevisan Pereira.
A Arbaza é associada da Câmara Árabe e é uma das maiores exportadoras de pulses do Brasil. A empresa atua na importação de feijões e na exportação de feijões, lentilhas, grão de bico, gergelim e pipoca. Ela também atende o mercado brasileiro na área. A companhia tem sede em Caibi, no estado de Santa Catarina, e possui quatro unidades em outros estados. No mercado árabe, a Arbaza já atendeu Emirados Árabes Unidos, Líbano, Egito, Marrocos, Iêmen e Tunísia.
“Nossos produtos são muito bem recebidos no mercado árabe pela qualidade e preço na maioria das vezes competitivo”, afirma Balestreri. Ele conta que as exportações para os mercados árabes dependem muito do resultado das safras do país comprador. Segundo ele, quando o país árabe tem necessidade de importar, busca o Brasil, não outros países, como fazia há alguns anos.
Para a Câmara Árabe, ter um espaço na Anuga foi positivo. A diretora de Marketing e Estratégia da Câmara Árabe, Janine Bezerra de Menezes, conta que o estande da entidade foi muito visitado, tanto por empresários árabes interessados em importar do Brasil, como por brasileiros interessados em exportar aos árabes. Houve procura de interessados em comércio e em investimentos.
Janine afirma que o objetivo da Câmara Árabe, de ser um ponto de referência e conexão para árabes e brasileiros, foi alcançado. “Saímos muito satisfeitos da Anuga, realmente é uma feira muito grande, com número muito expressivo de visitantes e expositores”, afirmou a diretora para a reportagem da ANBA algumas horas antes do encerramento da mostra. Janine representou a entidade na Anuga juntamente com a coordenadora de eventos, Tâmara Machado.
O visual do estande da instituição seguiu projeto inspirado na arquitetura árabe, com presença de arabescos, pórticos e madeira vazada em tons claros. O modelo foi usado pela entidade pela primeira vez na feira do setor supermercadista Apas Show 2019, na qual recebeu prêmio de melhor estande internacional. Ele foi concebido pela agência Wiyn Comunicação e Design, inspirado em universidade saudita.
O Brasil teve participação expressiva na Anuga, com mais de cem empresas presentes em espaço organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), além da presença de expositores de forma independente e por meio de entidades setoriais. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, esteve na abertura da mostra e, inclusive, visitou o estande da Câmara Árabe.