A fabricante brasileira de produtos a base de plantas nativas, há 64 anos no mercado, pretende aumentar em 10% as vendas externas até o final deste ano e fechar contratos com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Jordânia.
Autor: Geovana Pagel
O Tropical Spice, que em 2003 exportou US$ 1,5 milhão, já está presente em mais de 20 países. De olho no mercado árabe, o grupo vai montar um estande exclusivo na Beirut Fashion, feira de confecções no Líbano, que ocorre entre 7 e 10 de setembro.
O Brazilian Intelligence in Software (Brains) vai propor a inclusão dos países árabes no programa de promoção do software brasileiro no exterior. O grupo, que faz parte do Projeto Setorial Integrado (PSI), responsável por buscar negócios para o setor fora do país, acredita que esse é um bom momento para vender tecnologia brasileira à região.
O bom desempenho do setor é atribuído à tecnologia e ao design, que estimulam o crescimento das vendas externas. Em 2003, as exportações cresceram 33% em relação a 2002. Com embalagens criadas especificamente para o mercado árabe, as vendas da fábrica de biscoitos Marilan para a região aumentaram 1.000% em seis meses.
A feira apresenta os lançamentos para a primavera-verão 2004/2005 e ajuda na divulgação da moda paranaense. O estado é hoje o segundo pólo de confecções do Brasil e o setor planeja aumentar exportações.
A Feira Internacional de Produtos e Serviços para Piscinas, Parques Temáticos e Lazer é o maior evento da América Latina voltado ao setor e acontece de 11 a 14 de agosto em São Paulo. Os empresários do ramo no país estimam que devem faturar este ano R$ 2,1 bilhões. Por enquanto, o foco ainda é o mercado interno, sendo as exportações restritas aos países vizinhos da América do Sul.
Fabricantes e revendedores de produtos ópticos criaram um selo de origem e segurança para combater a falsificação e investir na qualidade dos produtos nacionais. Outra iniciativa para aumentar as vendas externas é a formação de um consórcio de exportação de armações em 2005. A marca paulista De Lauretis desenvolveu um óculo de ouro maciço que será apresentado ao mercado árabe.
A feira Comdex IT Brasil e o congresso Comdex Sucesu-SP 2004 acontecem entre 17 e 20 de agosto e contarão com a participação de empresas de vários países. O setor de tecnologia da informação no Brasil já chegou a crescer em média 16% ao ano e as soluções brasileiras, como a de automação bancária, são cometitivas internacionalmente.
A Comil, com sede em Erechim (RS) e uma das maiores do ramo no país, acaba de fechar seus primeiros pedidos para a região. A maior operadora da Arábia Saudita encomendou 273 ônibus, após vitória da empresa brasileira em licitação, e um empresário egípcio mais 10 veículos. Na Arábia, serão modelos urbanos para circular em Meca e outros rodoviários que transportarão peregrinos à cidade sagrada.
Há 15 anos o grupo francês exporta suco de laranja fabricado na unidade brasileira para os países árabes. A multinacional, que está instalada há 50 anos no Brasil, conta com um representante exclusivo em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Para exportadores, depois de China e Rússia, os árabes são considerados o mais importante mercado alternativo para o produto.
Esta foi a primeira visita oficial do Banco Interamericano de Desenvolvimento ao parque tecnológico do Recife, que tem planos de ampliar negócios com outros países, entre eles os árabes. Dessa missão poderá resultar a liberação do financiamento de US$ 10 milhões.
Evento multissetorial que ocorre em setembro na capital síria terá um estande organizado pela Câmara Árabe-Brasileira e pelo Itamaraty. Uma parte dele será ocupado pela prefeitura de Santo André, que reservou espaço para empresas do município de diferentes perfis, como incubadoras tecnológicas, fabricantes de autopeças e indústrias de plástico.
O projeto "Brazilian Fruit Festival", parceria entre a Apex, Ibraf e Carrefour, vai divulgar e vender as frutas nacionais nos países onde a rede francesa atua, entre os quais Emirados Árabes Unidos, Catar e Omã.
A expectativa dos empresários presentes na feira é de que as indústrias de calçados de Franca exportem US$ 180 milhões neste segundo semestre, 58% a mais sobre o mesmo período do ano passado. O mercado interno também mostra bons sinais de aquecimento. Até a tarde de ontem (15), a Francal já havia recebido a visitação de seis mil lojistas.

