São Paulo – A presença de produtos importados no consumo brasileiro atingiu o maior patamar de pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 2003. De acordo com a última edição do estudo Coeficientes de Abertura Comercial (CAC), produzido pela CNI com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), o aumento do indicador foi puxado pelos produtos chineses.
O CAC é publicação anual que avalia o grau de integração da indústria brasileira com o comércio exterior, por meio de quatro coeficientes, dois deles sobre a participação das importações no mercado brasileiro. A fatia dos bens estrangeiros no dia a dia dos brasileiros é medida pelo coeficiente de penetração das importações, que cresceu 2,2 pontos percentuais (p.p.) e passou de 24,5% em 2023 para 26,7% em 2024.
A participação de produtos chineses no consumo do Brasil subiu de 7,1% para 9,2% em 2024, uma alta de 2,1 p.p. a preços constantes, ficando no maior nível da série histórica. O crescimento foi puxado principalmente por setores de maior valor agregado e intensidade tecnológica, como máquinas e equipamentos, máquinas e materiais elétricos e equipamentos de informática e ópticos. China, União Europeia, Estados Unidos e outros países europeus tiveram 18,7% do consumo aparente da indústria de transformação em 2024, mas só China ampliou a participação.
Além dos bens de consumo final, a utilização de insumos industriais importados também atingiu nível recorde no Brasil no ano passado. O coeficiente de insumos importados passou de 23% para 25%, o maior da série da pesquisa. Nessa seara, os maiores avanços ocorreram nas importações de máquinas e equipamentos, outros equipamentos de transporte, vestuário e acessórios e têxteis.
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