Agência Sebrae
São Paulo – O projeto de construir um robô com tecnologia 100% nacional, capaz de operar tanto em águas fluviais como marítimas e que pode servir para qualquer setor da indústria naval e ambiental, é o mais novo desafio da Armtec – Tecnologia em Robótica, em parceria com a Universidade de Fortaleza. Esta empresa cearense faz parte da Rede Petro-CE, uma das ações do convênio entre a Petrobras e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas celebrado para promover as micro e pequenas empresas brasileiras na cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás.
A idéia é construir um submarino não-tripulável para realizar diferentes tarefas como verificar a extensão de um desastre ambiental, checar vazamentos ou danos na estrutura de um navio e que ainda possa pode fazer reparos. Entre os diferenciais deste projeto estão um sistema de posicionamento para manter a estabilidade em meio às correntes marítimas e capacidade de fazer diferentes movimentos em todos os sentidos "melhor que um peixe", brinca o engenheiro eletrônico, Antônio Roberto Lins de Macêdo.
Produtos similares só existem no exterior a um custo que varia entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão. A empresa, que conta com apenas dezesseis funcionários em pesquisa, tem o objetivo de construir um submarino que tenha um preço final abaixo de R$ 300 mil.
A Armtec como interveniente, através da parceria com a Universidade de Fortaleza, já tem um financiamento de R$ 581 mil aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e conta com a parceria da Marinha brasileira e da Petrobras. O primeiro protótipo deverá ser apresentado no final de 2007. Hoje, no Brasil, este tipo de trabalho é feito por mergulhadores que correm um risco de morte altíssimo. Para Macedo, substituir pessoas por máquinas é o que mais o estimula. "Robô, quando estraga, a gente conserta ou faz outro".