Algérie Presse Service*
Londres – A Argélia pode fornecer toda a energia elétrica consumida na União Européia através de geração por energia solar até 2050, segundo um estudo executado para o governo alemão pelos cientistas Gerhard Knies e Franz Trieb que foi publicado esta semana.
De acordo com os cientistas, todo ano a energia solar despejada em cada quilômetro quadrado dos desertos equivale à energia gerada pela queima de 1,5 milhão de barris de petróleo, apresentando então "a promessa de um futuro elétrico livre de carbono e produtos nucleares para toda a Europa", segundo informa o jornal britânico The Gardian, citando um trecho do estudo dos alemães.
A Argélia já exporta grandes volumes de petróleo e gás para a Europa através de dutos e tem grande potencial solar que poderia transformar o país em um fornecedor completo para a Europa, diz o estudo. O trabalho dos alemães acrescentou também que vários dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) têm desertos quentes e ensolarados que podem ser usados para suprir energia elétrica.
Os cientistas alemães sugerem que os europeus construam grandes fazendas solares nos desertos da Argélia e Líbia, usando uma tecnologia chamada energia solar concentrada (CSP, na sigla em inglês), que já é usada na Califórina, Espanha e Austrália. A tecnologia CSP, que tem mais de quinze anos de idade, pode ser executada de várias formas, mas todas incluindo o uso de espelhos para concentrar os raios solares em um recipiente que contenha algum gás ou líquido cuja temperatura é elevada para cerca de 400°C. O produto aquecido, por sua vez, é usado para gerar energia em turbinas a vapor.
Segundo os alemães, o custo da energia obtida por CSP está atualmente em cerca de US$ 50 para a geração equivalente à de um barril de petróleo. Este custo poderia cair para aproximadamente US$ 20 com a produção industrial dos espelhos.
*Tradução de Mark Ament