Da Agência Brasil
Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou que vai investir R$ 10,45 bilhões no programa Educação para a Nova Indústria, até o final de 2010. O dinheiro é suficiente para garantir educação básica e profissional a 16,2 milhões de brasileiros, além de ampliar e modernizar a rede de escolas e laboratórios de treinamento do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
O anúncio foi feito hoje (28) pelo presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, em cerimônia na sede da instituição da qual participaram empresários e parlamentares. Ele disse que, com a iniciativa, a indústria dá uma resposta aos desafios naturais do mercado, no sentido de aumentar as possibilidades de formação e qualificação dos trabalhadores. A intenção, segundo ele, é ampliar a oferta de possibilidades, em sintonia com os requisitos do mercado de trabalho.
O Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015, elaborado pela CNI, que traduz a visão do setor produtivo sobre o futuro do país, mostra que os empresários consideram a educação de qualidade fundamental para a expansão das empresas e a competitividade da economia nacional no mercado externo.
De acordo com o estudo, nos últimos anos observa-se a elevação da escolaridade média no perfil da força de trabalho para todos os setores da indústria. Nas atividades com maior intensidade tecnológica esse movimento é mais marcante ainda, de modo que cerca de 85% das contratações nos setores de extração de petróleo e de fabricação de máquinas e equipamentos eletrônicos são de pessoas com nível médio e superior.
Pesquisas recentes revelam que trabalhadores com maior grau de escolaridade têm mais chances de encontrar emprego, porque estão mais bem preparados para absorver e criar novas tecnologias e promover nas empresas um ambiente de conhecimento, criatividade e inovação. Por isso, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, tem destacado a necessidade de se investir mais e melhor na qualificação profissional.