Brasília – Pela primeira vez nos Egito, desde a renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak há 15 meses, 51 milhões de eleitores vão às urnas nesta quarta-feira (23) e quinta-feira (24) para escolher o futuro presidente. As eleições devem ocorrer em dois turnos e os primeiros resultados vão ser anunciados no domingo (27). O segundo turno ocorrerá nos dias 16 e 17 de junho. No total, 12 candidatos disputam as eleições.
Desde a renúncia de Mubarak, em fevereiro de 2011, uma Junta Militar governa o Egito. Manifestantes, no entanto, queixam-se do governo informando que há privilégios aos militares e dificuldades para colocar em prática medidas democráticas. Autoridades brasileiras acompanham o processo eleitoral no país e devem se manifestar depois do segundo turno.
País mais populoso do chamado mundo árabe, o Egito tem 82 milhões de habitantes, que escolherão um entre 12 candidatos. Os principais são o ex-secretário-geral da Liga Árabe e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Mubarak, Amr Mussa, o último primeiro-ministro de Mubarak, Ahmad Shafiq, um religioso muçulmano, mas que se apresenta como independente, Abdel Moneim Abul Foutouh, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi.
Também concorrem à Presidência da República no Egito Hamdine Sabbahi (Partido Nacionalista Árabe), o religioso muçulmano Selim Al Awa e o ativista de direitos humanos Khaled Ali. De acordo com analistas políticos, o resultado das eleições está nas mãos dos indecisos. Na última pesquisa, Shafiq aparece na frente com 19,3%, seguido por Mussa, com 14,6%, e Abul Fotouh com 12,4%.