São Paulo – A perspectiva é de aquecimento para o comércio entre Brasil e países árabes, apontou o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rubens Hannun. Ele falou nesta segunda-feira (05) no final da tarde, durante o webinar ‘Gestão das Diferenças: o desafio central da estratégia global no contexto dos países árabes’. Na ocasião, Hannun palestrou sobre o tema para os alunos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Questionado sobre o impacto da pandemia do coronavírus nos negócios entre brasileiros e árabes, Hannun lembrou que a relação se fortaleceu em âmbitos como o alimentar. “O Brasil não deixou de fornecer nenhum alimento aos árabes. Essa garantia leva a uma confiança extremamente grande”, declarou ele.
“A construção do bom relacionamento comercial contribuiu para que diversas iniciativas em conjunto fossem aceleradas durante a pandemia. Esse comércio tem grande potencial para aquecer. A covid acabou impulsionando acordos [brasileiros] que estavam sendo feitos com os países árabes. Vamos assinar vários acordos agora no Fórum Econômico Brasil & Países Árabes”, afirmou sobre o evento que a Câmara Árabe vai promover em formato virtual inovador entre 19 e 22 de outubro.
Os setores destacados por Hannun com maior potencial foram o de alimentos com valor agregado, produtos farmacêuticos e de construção. “Os países árabes estão construindo cidades inteiras. Vemos isso na Arábia Saudita e na nova capital do Egito. Eles têm déficit habitacional, por isso há espaço na área de construção”, explicou.
O evento foi mediado pelos professores da ESPM, Reinaldo B. Manzini, doutor em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Gunther Rudzit, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP).