Da redação*
São Paulo – As importações de têxteis e produtos relacionados em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, cresceram em média 11% ao ano de 2002 a 2006. Já as reexportações aumentaram em média 13,3% durante o mesmo período, de acordo com um relatório publicado pelo Banco Industrial dos Emirados (EIB, na sigla em inglês). As informações foram publicadas pelo site do jornal árabe Gulf News.
Em 2006, o emirado de Dubai importou o equivalente a 13,79 bilhões de dirhams (US$ 3,7 bilhões) em produtos têxteis. Já as reexportações desses produtos somaram 6,87 bilhões de dirhams (US$ 1,8 bilhões), segundo o relatório do EIB. "A fatia das importações que é reexportada vem crescendo constantemente, e hoje metade de tudo o que o setor têxtil de Dubai importa é destinado à reexportação", informa o relatório. Essa fatia aumentou de 40% em 2002 para 50% em 2006.
Em outro estudo, publicado no ano passado, o EIB informou que os fabricantes locais de roupas estavam perdendo sua já pequena fatia de mercado para exportadores de grandes centros de produção, como China, Índia, Paquistão e Bangladesh.
O custo crescente dos negócios nos Emirados é considerado a principal causa, já que o setor requer muita mão-de-obra: cada estabelecimento emprega em média 180 funcionários. A maior parte das fábricas de roupas dos Emirados fica no emirado de Ajman.
Muitos proprietários de fábricas transferiram suas operações para a Índia, Egito e Jordânia a partir de 2005. "Haviam mais de 100 fábricas de roupas nos Emirados até 2003. Hoje só restaram 10. O mesmo acontece em outros países do Golfo Arábico", disse Bilal Alwan, gerente de vendas da Oubari Gulf, fornecedora de máquinas à indústria de roupas.
Os países que mais exportam tecidos e roupas para os Emirados são Coréia do Sul, Japão, China, Índia, Indonésia e Tailândia. Os principais destinos das reexportações do país árabe são Irã, Iraque, Arábia Saudita, Leste da África e os países da Comunidade de Estados Independentes (antiga União Soviética).
*Tradução de Gabriel Pomerancblum