Agência Brasil
São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje (4) que a diversificação de mercados e produtos e o repasse de custos que algumas empresas brasileiras conseguiram realizar nas vendas externas ajudaram a amenizar os efeitos do dólar nas exportações. Muitos empresários consideram a cotação da moeda norte-americana em torno de R$ 2,70 desfavorável às exportações, mas os superávits recordes da balança comercial brasileira põem pelo menos em dúvida tal preocupação.
Furlan disse que há diversos segmentos que têm como mercado prioritário Europa e Japão e alteraram seus negócios para as moedas locais, enquanto outros setores conseguiram reajustar preço. O ministro lembrou também que há segmentos que vêm sofrendo com a desvalorização cambial, como é o caso dos calçados e dos automotivos, que perderam participação em mercados tradicionais.
"O câmbio afeta as exportações, mas tem afetado setorialmente. Ao mesmo tempo que estão tendo algumas perdas, elas estão sendo absorvidas por outros setores, outros mercados, que ao final geram esse crescimento muito", destacou. O ministro participou da abertura da Feira internacional da Indústria do Plástico (Brasilplast) em São Paulo.