São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) da Tunísia deve avançar 2,5% neste ano, segundo estimativa de uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que visitou o país árabe recentemente liderada pelo economista Björn Rother. Apesar do avanço previsto, o organismo alerta que o país tem grandes desafios macroeconômicos a enfrentar.
De acordo com o organismo, o FMI e a Tunísia concordam que é necessária ação urgente sobre políticas orçamentárias e implementação de reformas de longo prazo. Mas a instituição parabenizou o governo tunisiano pelas conquistas na modernização do setor público.
"A economia tunisiana tem permanecido resistente em um difícil ambiente doméstico e internacional”, disse Rother. Ele afirmou que o crescimento esperado é apoiado na maior confiança local após a realização bem-sucedida da conferência Tunísia 2020, em novembro do ano passado, e da adoção de uma legislação importante para o setor privado.
A conferência Tunísia 2020 ocorreu em Túnis e apresentou à comunidade internacional o Plano de Desenvolvimento 2016-2020 do país, com necessidades de financiamento, reformas implementadas pelo governo, os projetos de infraestrutura, as oportunidades de negócios para investidores em diferentes regiões tunisianas.
Entre os desafios da Tunísia estão a dívida pública que segue aumentando e chegou a mais de 60% do PIB no ano passado, a massa salarial pública que está entre as mais elevadas do mundo e a déficit nas contas externas, que também é alto.
"A equipe do FMI e o governo concordam que é necessária uma ação urgente para proteger a saúde das finanças públicas, aumentar o investimento público e acelerar o progresso com reformas estruturais longas”, disse Rother, segundo material divulgado pelo FMI.
As prioridades definidas pelo governo para o curto prazo incluem conseguir mais receitas fiscais de forma justa e eficiente, diminuir os gastos com a massa salarial para criar espaço para investimento público, reforçar a segurança social, entre outras medidas. As iniciativas devem ajudar a economia tunisiana a crescer mais, a gerar mais postos de trabalho e a garantir o acesso da população local a serviços básicos adequados.
