São Paulo – A economia de Omã vem apresentando trajetória de recuperação após recessão em 2020 e deve registrar crescimento de 1,3% em 2023 e de 1,4% neste ano, segundo projeções divulgadas nesta terça-feira (23) pelo Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI). No ano de 2021, o país árabe apresentou crescimento de 3,1% e em 2022 chegou a 4,3%.
De acordo com relatório do fundo, a inflação segue contida e a recuperação econômica de Omã prossegue apoiada por preços favoráveis do petróleo e por uma dinâmica sustentada de reformas. Forte produtor de hidrocarbonetos, o país do Golfo teve seu maior crescimento dos últimos anos justamente quando as cotações do petróleo alcançaram seu auge da década, em 2022.
Ao final do primeiro semestre de 2023, a taxa anualizada de crescimento de Omã era de 2,1%. O número projetado para o fechamento do ano é um pouco menor. O abrandamento do crescimento tem relação com cortes na produção de petróleo em acerto da OPEP+, integrada pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros parceiros, como Omã.
Segundo o FMI, apesar da desaceleração da economia como um todo, os setores não relacionados ao petróleo apresentam trajetória diferente. Houve crescimento de 1,2% em 2022, o que subiu para 2,7% em 2023 na taxa anualizada até o primeiro semestre. Isso está relacionado principalmente ao desempenho das atividades agrícolas, da construção civil e do setor de serviços.
A inflação recuou no país árabe, de 2,8% em 2022 para 1,2% para o período de janeiro a setembro de 2023. Para 2024, o FMI prevê inflação de 1,7% em Omã e para o ano que vem, 2025, de 2%, percentual que deve se manter nos três anos seguintes. Um processo de desinflação global mais rápido pode apoiar o crescimento.