São Paulo – A economia do Djibuti, país árabe localizado na África, cresceu 7% em 2023, de acordo com as mais recentes estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas nesta terça-feira (04). Em março, técnicos do fundo se reuniram com autoridades locais e, nesta terça-feira, divulgaram os resultados das análises econômicas feitas na ocasião. A economia deverá crescer 6,5% neste ano e 6% em 2025 até desacelerar para 5,5% entre 2026 e 2029.
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De acordo com o FMI, o crescimento econômico do Djibuti é atribuído, principalmente, ao crescimento das atividades de construção, portuária, ferroviária e de produção de energia. A instituição monetária atribui esta retomada, por sua vez, a um acordo de paz celebrado na vizinha Etiópia em 2022. O Djibuti é uma nação localizada no “Chifre da África”, com fronteiras com Eritreia, Etiópia e Somália.
O fundo avaliou que a moratória no pagamento dos juros da dívida com a China abre uma “janela de oportunidades” para que o Djibuti continue a se comprometer de forma transparente com seus credores e solucionar completamente sua dívida insustentável.
Reformas podem ajudar Djibuti a crescer mais
“Neste contexto, os diretores [do FMI] apoiam o aumento da capacidade de instituições fiscais em ampliar a coleta de impostos e coerência política e atentaram para uma cuidadosa revisão e racionalização dos incentivos fiscais e exceções de [recolhimento] do VAT”, afirmou o Fundo. VAT é o imposto sobre valor agregado que, geralmente, incide sobre produtos industrializados.
O fundo afirma também que, embora tenha se beneficiado da paz no país vizinho, o Djibuti tem desafios externos que podem afetá-lo: possíveis suspensões no comércio, aumento do fluxo de refugiados e instabilidades no Mar Vermelho. Promover reformas que levem à redução da informalidade, gerem empregos, reduzam os custos das telecomunicações e da energia e aperfeiçoem a educação foram outras das recomendações dos técnicos do FMI.