Alexandre Rocha
São Paulo – A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex), com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira vai reestruturar o centro de distribuição (CD) de produtos brasileiros em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O tema foi discutido ontem (07), em Brasília, pelos presidentes da Apex, Juan Quirós, e da Câmara Árabe, Antonio Sarkis Jr.
"A administração fica a cargo da Apex e a Câmara entra com o suporte, com os relacionamentos que tem na região e com o conhecimento do mercado", disse Sarkis, após a reunião com Quirós. "Esta parceria é um reconhecimento do bom trabalho que a Câmara vem realizando nos últimos anos", acrescentou.
A operação de Dubai foi o embrião do projeto dos centros de distribuição criado pela Apex, que hoje já conta com instalações em Miami, nos Estados Unidos, em Frankfurt, na Alemanha, e este mês terá mais uma em Lisboa. Criado em 2003, o centro na Zona Franca de Jebel Ali, no entanto, foi idealizado apenas para atender o setor de móveis, oferecendo espaço para a armazenagem de produtos.
Segundo informações da Apex, o objetivo agora é criar, em Jebel Ali, uma estrutura semelhante às existentes em Miami e Frankfurt, que, além da armazenagem, contam com espaços para escritórios e showrooms, além de assessoria para desembaraço aduaneiro, em questões jurídicas e de inteligência de mercado.
O centro será multissetorial, ou seja, poderá ser utilizado por empresas de diversos ramos. A Apex só não aceita produtos perecíveis, já que a estrutura necessária para sua conservação, como câmaras frigoríficas, é muito cara.
"Isto vai facilitar o comércio, porque as empresas terão produtos praticamente para pronta entrega. Aliás, esta é a idéia. E elas poderão usar o centro não só para vender nos Emirados, mas em outros países da região", afirmou Sarkis.
Para funcionar nos CDs as empresas têm que pagar um aluguel à Apex. De acordo com a Agência, a capacidade dos centros varia entre 80 e 100 companhias. Atualmente, segundo a Apex, mais de 90 operam em Miami e 40 em Frankfurt.
Para o CD de Lisboa, 165 empresas demonstraram interesse em participar, mas apenas cerca de 80 deverão funcionar no local inicialmente. O centro em Portugal será inaugurado no dia 20 e teve um investimento inicial de 280 mil euros, bancados pela Apex.
Depois do de Lisboa, será aberto um outro em Varsóvia, na Polônia. Já a nova estrutura em Dubai, segundo a Apex, vai começar a operar no segundo semestre. Ainda este ano poderá ser inaugurado mais um CD no Panamá, depois virão China, Índia e África do Sul.
