São Paulo – A obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares públicos e de trabalho na Arábia Saudita criou uma forte demanda local pelo equipamento de proteção e fez surgir vários novos e pequenos negócios no segmento. A informação foi publicada no site do jornal Arab News.
A Arábia Saudita determinou a obrigatoriedade do uso das máscaras nos espaços citados acima desde o dia 30 de maio. O cenário criou a oportunidade para o surgimento de pequenas fábricas e lojas online na área, além de confecção por famílias e indivíduos.
No país árabe, quem não usa máscara em local público pode pagar multa de até 1 mil riais sauditas, cerca de US$ 266. As empresas que violam esta regra e outras estipuladas para a prevenção do contágio pelo coronavírus podem ser multadas em até 10 mil riais sauditas, cerca de US$ 2,6 mil.
No final de maio, o Ministério da Saúde divulgou vídeos com instruções sobre como fazer as máscaras em casa e os tipos de tecidos a serem usados. Segundo o Arab News, muitas destas instruções e outras fontes de informação foram usadas para a criação de linhas de produção de máscaras.
A empreendedora Tulay Emel Cagatay, fundadora da Tulaila’s Academy, mudou o foco da sua atividade, que era ensinar a costurar sacolas e brinquedos de pelúcia, e passou a dar instruções pela internet sobre como fazer as máscaras faciais. No começo da pandemia da covid-19, Cagatay fez doações das 200 máscaras que produziu para familiares e amigos, mas quando o uso se tornou mandatório no país, eles quiseram pagar pela produção porque passaram a necessitar de maiores quantidades.
A consultora financeira Hessah Al-Hudaithy, que sempre costurou roupas no tempo livre, disse ao Arab News que estava “sobrecarregada” com pedidos de amigos e familiares pelas máscaras que produz em casa. Até o momento ela fez 30 unidades, mas está pensando se faz mais para vender e avaliando todo o processo envolvido para isso.